Às 14h desta terça-feira (22) tem início o depoimento mais aguardado da CPI de Cachoeira.
O próprio Carlos Augusto Ramos, o Cachoeira, irá depor na sala da CPI.
Já desde cedo um forte esquema de segurança está montado no local.
O acesso só será permitida a presença de parlamentares, assessores credenciados e um pequeno grupo de jornalistas, escolhidos por sorteio.
Tanta expectativa pode ser em vão.
Muitos parlamentares veem como mais provável a hipótese de que Cachoeira adote o silêncio.
A possibilidade é respaldada no fato de o bicheiro ter tentado, no Supremo Tribunal Federal (STF), adiar o depoimento, afirmando que não teve tempo hábil para consultar os inquéritos na íntegra.
O requerimento solicitado foi negado pelo ministro Celso de Mello.
Até agora a CPI escutou, em sessão sigilosa, apenas investigadores.
Foram eles os dois delegados da Polícia Federal responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, que trouxeram à tona a ação do contraventor e desencadearam na CPI de Cachoeira.
Líder tucano na Câmara, o pernambucano Bruno Araújo (PSDB) torce para que o bicheiro vá além do que já foi dito, ou o andamento da CPI seria prejudicada. “Essa CPI começa pelo fim.
O que nós precisaríamos é grande parte das informações serem confirmadas pelo Cachoeira, que ainda não falou ao país”.
Discorda de Bruno Araújo o senador Pedro Taques (PDT-MT) afirma que o silêncio do contraventor não traz prejuízos. “Eu entendo que não, porque essa CPI nasceu com um número de documentos impressionante, que podem fundamentar os trabalhos dessa investigação.
A fala desse cidadão seria interessante se ele fosse revelar algo novo”.
A sessão com Cachoeira será aberta e transmitida ao vivo pelos canais de comunicação do Congresso.