Questionado sobre a posição do governador Eduardo Campos (PSB) em relação ao racha petista e aos nomes que estão sendo colocados para correr ao pleito de outubro, o deputado federal Mauríco Rands voltou a lembrar que, com a vitória do prefeito João da Costa, é certa a separação da Frente Popular, e, se ele ganhar, há uma possibilidade de união. “Se a Frente Popular se enfraquecer, é claro que há chance de aliados lançarem outros nomes”, declarou em entrevista à rádio CBN na tarde desta quinta-feira (17).

A coluna Painel do jornal Folha de São Paulo publicou a informação de que o pessebista pode articular o lançamento da candidatura do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que já foi secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Eduardo.

O nome de Bezerra Coelho já foi lembrado para a disputa municipal no fim do ano passado.

Em outubro, o ministro chegou, inclusive, a mudar seu domicílio eleitoral de Petrolina, no Sertão do Estado, para o Recife. “Não há registro de uma pessoa que quer se reeleger que esteja estão enfraquecida como João da Costa” Nos meios políticos, a movimentação acabou sendo associada a uma possível resposta de Eduardo a Armando Monteiro Neto, que poderia lançar-se com o apoio de João Paulo na disputa municipal.

Na entrevista desta tarde, Rands fez questão de rasgar seda para o presidente do PTB. “Eu gosto de Armando Neto.

Eu respeito a trajetória dele.

Gostaria de estar unido nestas eleições. É bom para Pernambuco e para a Frente Popular”, comentou.

Mais uma fala do petista. “O governador não tem que ir para a disputa com um candidato que vai perder.

Por isto, se eu ganhar as prévias, Eduardo Campois vai me apoiar”, disse Rands.

Já a turma de João da Costa ironiza o fato de ele ter lançado a candidatura anunciando que iria unir a Frente com o apoio de Eduardo, que pelo menos de público nunca deu um apoio.

Rands usou uma imagem para ilustrar a cena. “É como um amigo que te convida para uma festa.

Se a festa for ruim, não tem que ir necessariamente.

Da mesma forma, Eduardo não vai ficar obrigado (a apoiar João da Costa).

Eduardo não necessariamente tem que acompanhar o candidato.

Eu já disse que o recifense quer trocar o piloto da nave (PCR)”.