O prefeito João da Costa, do PT, não zombou da cúpula do partido, que tenta apeá-lo do poder, ao falar das prévias do partido neste domingo, mas não deixou de dar um recado público, nesta tarde, em visita ao Blog de Jamildo.

Mesmo tendo dito que não concordava com o teste antecipado das urnas, João da Costa já contabiliza o evento como algo positivo. “Desde o primeiro dia de prefeito, houve uma desconstrução da minha imagem para ela não se consolidar”, acredita. “É como se houvesse uma resistência a novas lideranças…” “Diziam que eu estava sozinho, isolado” “Eu sabia que tinha meu espaço político … agora, ganhando as prévias no domingo, vai ficar explicitada uma mudança de correlação de forças no partido”. “As prévias vão dar uma nova condição política.

Sempre acharam que fui tutelado (por João Paulo e depois por Humberto Costa) e não tinha capacidade política.

Agora vai aparecer o reconhecimento que se tem na política.

Esse saldo vai ser expresso agora” Acusado de operar com um déficit de relacionamento político, João da Costa revelou nesta terça-feira que, na verdade, fez uma escolha, de caso pensado. “Nos diálogos (com essas lideranças) eu explicava que iria focar na gestão (para só mais tarde0 buscar ter mais espaço na política.

Foi uma escolha.

Alguns acham que eu deveria ter feito o contrário, acreditando que a política resolve (tudo).

Depois de oito anos, temos novas exigências, como a busca de mais eficiência (dos governos, ver o governo Dilma)” João da Costa também reclamou que os primeiros quatro anos de João Paulo foram difíceis (sem que se falasse em prévias para decidir a reeleição ou sua indicação) e havia também disputa pela hegemonia da governabilidade (Humberto contra João Paulo).

Costa sugeriu que a população está ao seu lado. “O entendimento é que a população acha que um mandato de quatro anos é pouco e deve ser de oito, mesmo que não reeleja um candidato.

A população acha que é um direito (no seu caso, estaria sendo garfado deste direito) tentar a reeleição.

Errado é trocar (tese de Rands), pois tem um prejuízo enorme.

Quando os candidatos são trocados, é derrota na maioria dos casos”.

Em outro recado a um aliado, João da Costa lembrou que se empenhou na eleição de Armando Monteiro Neto para senador.

O PTB hoje planeja apresentar um nome alternativo.