Gilvan Oliveira Do Jornal do Commercio Mesmo os adversários admitem: nenhum partido tem uma militância tão engajada e orgânica quanto o PT.

Mas no Recife esse perfil é extensivo à totalidade, ou ao menos à maioria, dos seus filiados?

O JC procurou ex-dirigentes e lideranças petistas para saber quem é o filiado que vai às urnas no próximo dia 20 para escolher entre João da Costa e Maurício Rands como candidato a prefeito.

E todos confirmam que a maioria não participa da vida partidária, não se envolve com tendências, quando muito acompanham o cotidiano do partido pela imprensa.

Há até casos daqueles que se filiaram em troca de um favor.

Nem de longe lembra o perfil do militante aguerrido: se assemelha mais a de um simpatizante.

Entre os petistas ouvidos pela reportagem, alguns arriscaram que 70% dos 27,8 mil militantes aptos para votar nas prévias estariam dentro desse perfil “simpatizante”.

Outros, mais cautelosos, falam em 60%.

Mas todos foram unânimes em dizer que os “orgânicos”, que fundaram e ergueram o partido, hoje são minoria.

Os motivos para essa “invasão” é que recebem diagnósticos diferentes.

Presidente da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (Epti) e ex-presidente do PT estadual, Dilson Peixoto considera “natural” a entrada no PT de militantes com perfil diferente dos “históricos”.

Diz que esse fenômeno se acentuou depois que o partido conquistou a Prefeitura do Recife, nas eleições de 2000.

Mas alega que o fato não descaracteriza a sigla.

Leia a matéria completa na edição deste sábado (12) do JC.