Por Roberta Soares, na coluna De Olho no Trânsito A empresa JM Terraplanagem e Construções, que compõe o Consórcio JM-Cidade, vencedor da licitação para construção dos polêmicos viadutos da Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife, está sendo citada nas investigações sobre o esquema de corrupção comandado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira, envolvendo parlamentares, autoridades, empresas públicas e privadas.

A informação é de que o contraventor, na relação com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), manteve contatos diretos com a JM Terraplanagem, conhecida por construir rodovias em áreas isoladas da Região Norte do Brasil.

A relação foi tema de reportagem do jornal Correio Brasiliense publicada no dia 29/4 e reproduzida no site no dia 30/4.

Segundo a matéria, embasada pela investigação da Polícia Federal, a JM Terraplanagem e Construções, empresa com sede no Distrito Federal, teria obtido contratos milionários do Dnit, apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter apontado superfaturamento em obras rodoviárias no Acre.

A JM teria continuado sendo beneficiada pelo órgão.

Os 10 contratos somam R$ 220,5 milhões.

Na quinta-feira passada, o governo do Estado divulgou que a empresa, juntamente com a Construtora Cidade, de Porto Alegre, serão responsáveis por erguer os quatro viadutos que têm gerado polêmica na cidade.

As duas empresas venceram a concorrência pública por apresentar o menor valor – R$ 87 milhões.

Os viadutos serão construídos para viabilizar um dos principais eixos do Corredor Norte-Sul na Avenida Agamenon Magalhães, uma via expressa que ligará os extremos da RMR com ônibus de BRT (Bus Rapid Transit), estações fechadas, com ar-condicionado, embarque em nível e pagamento antecipado das tarifas.

Com a palavra o governo de Pernambuco.