Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deixaram claro que o procurador-geral não deve ir à CPI para se justificar o porquê de não ter aberto um inquérito, em 2009, durante a Operação Vegas, para investigar o envolvimento de políticos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Sob ameaça de convocação, Gurgel relacionou a situação com a pressão que sofre quanto ao julgamento do mensalão, dizendo que parlamentares da CPI de Cachoeira estariam defendendo réus do caso mensalão.

A decisão de se Gurgel deve ou não comparecer à CPI de Cachoeira deve ficar nas mãos do STF, cujos ministros já afirmaram verbalmente que não pretendem envolver o procurador-geral.

Aqui no Recife, o deputado federal Sílvio Costa, do PTB, integrante da CPI do Cachoeira, disse, no programa Ponto Final, da TV Jornal, com Aldo Vilela, com participação do Blog de Jamildo, que Gurgel deve explicações à CPI. “Quando ele recebeu o relatório da Operação Vegas, em 2009, ele tinha três opções, mandar para o supremo, por conta do foro privilegiado, denunciar ou arquivar.

Não fez nada disto”, opinou.

O ministro Joaquim Barbosa afirmou que não existe motivo para convocar Gurgel. “Não há por que convocá-lo para explicar suas atribuições, que são constitucionais”, afirmou.

O ministro Marco Aurélio Mello completou: “Está descambando para o lado pessoal.

Não é bom.”