Na manhã desta quinta-feira (9) mais uma corrente do PT anunciou apoio à candidatura de João da Costa nas prévias petistas.

O professor Edmilson Menezes, coordenador nacional da corrente “O Trabalho”, representou a corrente no Diretório Municipal do PT.

De acordo com o líder, a corrente O Trabalho tem apoio de aproximadamente 4 mil pessoas no estado de Pernambuco, mas não se sabe exatamente quantos deles são recifenses.

Em seu discurso, Edmilson Menezes justificou a demora de um posicionamento da corrente. “Tivemos um método, que foi o de questioná-los publicamente sobre as nossas reivindicações.

Nós ouvimos as respostas de ambos e, baseado nelas, decidimos o candidato que deveríamos apoiar.” Na carta aberta apresentada à imprensa, a corrente O Trabalho afirma que as três demandas enviadas aos pré-candidatos foram: 1) A aplicação da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério na Rede Municipal de Ensino do Recife; 2) A implantação do Passe Livre para os Estudantes no Transporte Urbano no Recife, buscando avançar sua extensão para toda a Região Metropolitana; 3) A reversão das terceirizações e das privatizações, assim como das PPPs e das concessões privadas (coletas do lixo, creches etc).

Mas Edmilson alerta que o posicionamento de João da Costa não atendeu às três reivindicações da corrente. “Dos dois, foi o que mais se aproximou.

Mas nós seguiremos cobrando.” Na carta, “O Trabalho” afirma que João da Costa se comprometeu com a aplicação da Lei do Piso, mas ressalta que o prefeito ainda não cumpre a regra de pagamento do “1/3 da hora-atividade”, referente às atividades extra-classe (formulação de provas, atividades e correção das mesmas), em que o educador precisa cumprir.

O documento afirma também que Costa não se comprometeu com o Passe Livre Estudantil, afirmando apenas associar a reivindicação à redução de impostos estaduais e federais sobre o combustível para transportes urbanos.

Já quanto às PPPs, o prefeito afirmou: “O nosso governo não tem política de privatização ou PPPs.

NOsso compromisso é de ampliação das Políticas Públicas, operados pelo Estado sob controle social.” O terceiro ponto foi justamente o que definiu o jogo.

No discurso, Edmilson afirmou que “As Parcerias Público Privadas (PPPs) são a menina dos olhos de Rands.

Ele foi honesto e disse que não poderia abrir mão disso.” João da Costa - Em sua fala, o prefeito elogiou muito a corrente O Trabalho, reconheceu algumas divergências com o grupo e ressaltou que o apoio “é importantíssimo porque qualifica mais a minha candidatura na campanha interna.” Costa falou principalmente das melhorias e projetos na área de educação. “Implantamos o PCC para professores e demos um reajuste salarial de 22%.” O prefeito também falou dos planos futuros de sua gestão. “Com o projeto Novo recife, no Cais José Estelita, receberemos 20 milhões, que poderão ser destinados para a criação do Parque da Tamarineira e a mudança do Hospital Ulisses Pernambucano para outro local.” Prévias - “Há males que vêm para o bem”, iniciou João da Costa quando questionado sobre a disputa interna do PT. “[O processo] pode ser muito benéfico para a discussão, para um maior diálogo com o PT e com a sociedade.

Abre espaço para um avanço na democracia”, afirmou.

Já esquecido daquele discurso inicial de que Rands era um traidor, João da Costa encerrou: “[a prévia] é importante para que, após 12 anos no poder, não nos percamos nas burocracias do Estado.”