Foto: Geraldo Garcia / Marcha das Vadias RJ Pelo segundo ano será realizada a Marcha das Vadias do Recife.
O evento é uma manifestação feminista contra a violência contra as mulheres.
A Marcha das Vadias (ou Slutwalk) ocorreu pela primeira vez no dia 3 de abril de 2011 em Toronto, Canadá.
Desde então, o evento apartidário tornou-se mundial e une mulheres e homens de diversas idades que são contra a discriminação de gênero.
Em janeiro de 2011, após várias ocorrências de abuso sexual a mulheres na Universidade de Toronto, o policial Michael Sanguinetti concedeu entrevista afirmando que as mulheres deveriam parar de se vestir como vadias para não serem vítimas de novas violências.
A declaração polêmica - bastante machista - teve repercussão internacional, já que a frase dá a entender que as mulheres são culpadas pela violência que sofrem, ou que o fato de usarem roupas curtas daria aos homens o direito de fazerem o que bem entendem.
Mulheres do mundo inteiro passaram a se articular nas redes sociais e a Marcha das Vadias aconteceu em dezenas de cidades.
As mulheres vão às ruas gritando principalmente pelo respeito à sua liberdade sexual.
Os banners da Marcha deste ano já circulam na internet.
Slogans como “Não aceito que me julguem pelo número de pessoas com quem me relaciono sexualmente” e “Não abro mão do meu prazer só para agradar outra pessoa” são referências claras à diferença de liberdade sexual dada a homens e mulheres na nossa sociedade.
Outros como “Celebro meus cabelos prateados” e “Amo meu cabelo e não vou alisá-lo por um padrão de beleza racista e excludente” referem-se à imposição de um padrão de beleza jovem e branco, que atingem principalmente o gênero feminino.
Veja os banners da campanha.
Este ano a Marcha acontecerá no sábado 26 de abril em diversas cidades brasileiras.
No Recife a 2ª Marcha das Vadias sairá novamente da Praça do Derby, às 14h.
Acompanhe a movimentação no perfil @VadiasRecife no Twitter.
Ideias relacionadas ao movimento estão sendo discutidas no blog Marcha das Vadias BR.
Foto: Geraldo Garcia/divulgação