Nas redes sociais, Rands é alvo de ataques A Esquerda Popular Socialista (EPS), tendência interna do Partido dos Trabalhadores (PT) fundada em dezembro de 2011, organizada nacionalmente e composta por militantes que atuam em diversos movimentos sociais, pautada pela defesa da construção de uma sociedade socialista, vem tornar pública sua posição frente ao processo de prévias do PT no Recife, considerando os seguintes aspectos.

O PT, ao longo de seus 32 anos de história, construiu, a partir de diversas experiências à frente de suas administrações, um modelo de gestão, que através do permanente diálogo com os movimentos sociais, vem invertendo as prioridades tradicionais de gestão pública, priorizando os investimentos sociais, ampliando a participação popular nos espaços de decisão dos governos e melhorando a qualidade de vida da população pobre de nossas cidades, estados e país.

Há 12 anos o Recife optou por este projeto.

A partir de 2001, a cidade conquistou ampliação dos investimentos em saneamento básico, a criação do maior programa de habitação popular da história de Pernambuco, a criação de um forte instrumento de participação popular (o Orçamento Participativo, programa que foi exportado para diversas cidades no mundo), o cuidado nos morros e o trabalho de prevenção das chuvas, a universalização da saúde, a ampliação das creches, o intenso investimento em educação de qualidade, a gestão multicultural valorizando a nossa diversidade e importantes ações e obras de grande porte para fazer a cidade crescer.

O êxito de nossas duas primeiras gestões, com aprovação de mais de 80% da população recifense, se deu, entre outros fatores, pelo compartilhamento da gestão com os movimentos sociais, pela harmonia com os partidos aliados, pela opção de uma administração descentralizada e, sobretudo, pela capacidade de construir uma sólida unidade partidária, possibilitando a vitória em 2008, ainda no primeiro turno das eleições, em uma clara demonstração de confiança do povo do recife na continuidade de nosso projeto político.

Apesar da crise econômica que assolava o mundo, estabelecida em 2009, o crescimento econômico vivenciado pelo país propiciou parcerias de altos investimentos entre a prefeitura da cidade e os Governos Federal e Estadual, proporcionando à atual gestão a possibilidade de ampliar a destinação de recursos para programas e políticas públicas que visassem à melhoria de vida da população.

Porém, a opção por uma gestão cada vez mais burocrática, com a centralização e ineficiência das decisões políticas e administrativas, os constantes atritos com os servidores públicos vivenciados pela atual gestão em todos os anos de governo, redução de prioridade da assistência social, a deficiência do sistema de manutenção da cidade, a retirada compulsória dos trabalhadores do comércio informal sem apresentação de alternativas para sua subsistência a partir de uma intervenção urbana não dialogada com a população e até o enfraquecimento da legitimidade do Orçamento Participativo, instrumento de descentralização do poder com a população e marca histórica do modo petista de governar, são relevantes evidências da interrupção do projeto político do PT em nossa cidade.

Essa descontinuidade é sentida pela população nas ruas, refletindo o alto índice de rejeição da atual gestão.

Somados a estes problemas de ordem administrativa, apontamos também a crítica de que durante a sua gestão, o atual prefeito foi incapaz de agregar os diversos setores do partido para a condução do governo municipal, resultando no atual quadro de divisão partidária.

Além das discussões intrapartidárias, é também notória a inabilidade política do atual gestor em unificar e dialogar com a frente popular.

Mesmo diante de todas essas dificuldades, a população da cidade do Recife, como constatado em diversas pesquisas, mantém o PT como principal referência partidária para governar sua cidade, demonstrando a força do nosso programa junto ao povo.

Sendo assim, no objetivo de manter a confiança da população e retomar o projeto iniciado em 2001, entendemos como necessária a apresentação de uma candidatura que corrija os erros de condução elencados, reestruture o diálogo interno no partido e reconstrua a unidade da Frente Popular.

Assim, corresponderemos à aposta do povo recifense, com sua identidade de luta, resistência, conquista e compartilhamento de poder.

A indicação do companheiro Maurício Rands para ser candidato a prefeito do Recife corresponde a estas expectativas.

Da luta dos trabalhadores no movimento sindical aos seus mandatos parlamentares ou mesmo em sua atuação nos governos municipal e estadual, sempre cumpriu papel importante para as conquistas da cidade, do estado e do país.

Ele pode, sabe e quer ser o instrumento das forças populares da cidade para cumprir esse papel.

Nas prévias do dia 20 de maio, o PT tem a oportunidade de oferecer ao Recife um candidato forte e capaz de enfrentar os desafios de uma cidade grande e complexa como a nossa.