A LEGÍTIMIDADE NÃO PODE PERDER PARA A FRAUDE Por Rivaldo Soares Como pode a Executiva Nacional do PMDB decidir pela “obrigatoriedade” de candidaturas próprias do partido nas cidades que possuem mai s de 200.000 habitantes e ser afrontada, essa mesma Executiva Nacional, por órgãos inferiores hierarquicamente como a Executiva Estadual de Pernambuco e a Comissão Provisória de Caruaru?

Para que serve o Estatuto de um partido, que foi discutido em Convenção nacional e registrado no Tribunal Superior Eleitoral?

Serve para estabelecer a organização interna e a administração da vida partidária, respeitando-se as diversas correntes de pensamento e respeitando-se a hierarquia e o direito de todos.

Do contrário, rasga-se o Estatuto e cria-se uma Escritura.

A própria palavra já diz: partido.

Significado: dividido em partes.

Mas que devem se respeitar.

Dito isto, o que é constatado facilmente aqui em Pernambuco, a Executiva Estadual do PMDB vem afrontando a decisão da Executiva Nacional de ter candidaturas a prefeito no maior número possível de cidades.

Hoje o PMDB só possui seis prefeitos em nosso estado, pela condução desastrosa do comando partidário, que prioriza as alianças com outros partidos, relegando o PMDB ao segundo e terceiro planos.

Digo isso com a autoridade de quem teve o PMDB como o seu primeiro partido, filiado que fui em 1988, mas que teve que deixar a legenda naquela época, porque o comando estadual tinha entregue a legenda peemedebista ao grupo Lyra, que arrastava uma asas pelo PSB de Arraes, traindo o próprio Jarbas, que já andava às turras com Arraes.

Disputamos o Diretório Municipal com o grupo Menezes (pai e filho), ligado aos Lyras, que tiveram que abandonar o partido por fraude na Convenção e inquérito na Polícia Federal por falsificação de documentos do partido.

Todos eles ingressaram, depois, no PSB como havíamos previsto e relatado ao presidente estadual do PMDB, que não deu ouvidos.

Agora a história de repete.

Dessa vez a Direção Estadual do PMDB quer, à força, que o partido fique no palanque do DEM em Caruaru, desrespeitando os filiados de Caruaru e a Executiva Nacional, que querem candidatura própria.

Vou, nesse dia 10 de maio, a Curitiba para participar do Encontro Nacional do PMDB Pela Candidatura Própria.

Vou levar a expressão de 14 pré-candidatos a vereador, que filiei ao partido e a expressão de milhares de caruaruenses que cobram diariamente que a cidade tenha uma candidatura alternativa aos dois grupos que se revezam no poder e que levaram Caruaru a oscilar entre crescimento populacional e o abandono de sua infraestrutura.

A democracia pressupõe debate, contraditório, discussão e eleição.

Por esse motivo meu nome e o nome desses 14 pré-candidatos a vereador serão levados à Convenção do PMDB, em junho próximo, para que os filiados do PMDB digam sim ou não.

Se a direção do partido não colocar nossos nomes na Convenção, iremos à Justiça cobrar o que decidiu a Executiva Nacional, que foi lavrado em Ata e registrado também no TSE.

Já enviamos à Comissão Provisória do PMDB de Caruaru um requerimento para que as providências nesse sentido sejam tomadas e não vamos aceitar a fraude.

A decisão do PMDB Nacional não será letra morta em Caruaru.

Para isso, vou requerer, em Curitiba, junto à Executiva Nacional, que estará presente ao Encontro, o envio de um observador de Brasília para acompanhar todo o processo da Convenção Municipal de Caruaru, que irá escolher os candidatos e as coligações, para que não haja fraude e para se cumprir o legítimo processo democrático no partido de Ulisses Guimarães.

Rivaldo Soares Membro do Diretório Estadual do PMDB de Pernambuco