O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff de mudar as regras de correção da poupança.

Segundo ele, a medida penaliza a parcela mais pobre da sociedade. “Mexer na poupança significa atingir a parte mais pobre da população.

Os investidores de poupança são os que menos têm recursos no país.

O governo, antes de mexer no seu próprio bolso, resolveu mexer no dos que menos têm”, afirmou nesta quinta-feira (3).

O governo anunciou que os novos depósitos terão uma remuneração de 70% da taxa Selic mais Taxa Referencial (TR).

Os rendimentos da caderneta continuarão isentos de pagamento do Imposto de Renda.

A nova regra entra em vigor a partir desta sexta-feira (4) e será aplicada apenas quando a taxa básica de juros cair para 8,5% ao ano, ou abaixo disso.

A justificativa oficial é de que a medida vai permitir que os juros continuem caindo.

Para Araújo, falta ousadia à petista para adotar uma política de redução de impostos que realmente beneficie o brasileiro. “Uma das alternativas era reduzir a carga tributária sobre os demais investimentos, tornando-os mais atrativos, deixando em situação até melhor que a poupança.

No momento em que o governo deixa de adotar essa iniciativa, significa que ele não admite colocar a mão no bolso e reduzir receitas, trocando isso pela penalização da maioria da população, que aposta nesse instrumento para proteger parte de suas reservas”, disse.