Apresentando-se como “baixinho arretado”, o prefeito João da Costa aproveitou o evento no Clube dos Oficiais, onde recebeu o apoio de movimentos populares, para descer o sarrafo nos aliados que estão apoiando o adversário Rands.

O maior recadinho do coração foi dirigido a João Paulo, o ex-prefeito.

Costa disse que seu estilo de gerir a cidade foi o causador de problemas políticos. “Por reafirmar, a partir da minha consciência, a forma de comandar a cidade, eu pago um preço até hoje.

Por não deixar as coisas correrem soltas, como elas vinham, e ainda ouvir gente dizer que eu não conseguiria me livrar do fantasma por trás”, disse.

Nos bastidores, os correligionários próximos continuam tratando Rands como mauricinho, estabelecendo a luta de classes no meio da militância. “Pode não ter nenhum figurão aqui nesse palanque, mas o povo da cidade está conosco.

Dizem que o nosso governo é lento, que o prefeito não conversa.

Como é que eu firmo parcerias com o governo federal através do PAC da Copa, do PAC 2 e tenho um caixa de R$ 4 bilhões sem fazer conversas?”, indagou, sob aplausos. “Dizem que o prefeito tem medo de tomar decisões.

Mas quem enfrentou grupos econômicos para fazer da Tamarineira um parque quando queriam construir um shopping?

Alguns companheiros que hoje estão me condenando naquela época disseram que dava para conviver com um shopping.

Tive coragem de fazer a desapropriação”.

Resposta As falas podem ser interpretadas como uma resposta a uma carta que o pessoal de Rands enviou aos militantes do Recife, para as prévias.

No folder, são listados os quatro motivos para votar em Rands.

Um deles é que Rands seria muito bem articulado com o governo Federal, podendo trazer recursos para a cidade.

No documento, João Paulo aparece ao lado de Lula, de Eduardo, de Humberto e de João Paulo, de quem se apresenta como ex-secretário.