Por Daniel Coelho Em 2005, assumi o mandato de vereador do Recife e comecei a denunciar a prática pouco republicana do PT de usar os cargos comissionados e a estrutura da Prefeitura da Cidade do Recife única e exclusivamente para fazer política.

Numa tentativa de transformar a cidade num curral eleitoral, só entre 2005 e 2008, eles criaram, como instrumento de barganha, mais de 3000 novos cargos comissionados, aparelhando e desvirtuando o serviço publico.

Isso sempre foi feito, mas negado pelos donos do poder.

Até o momento, quando, explicitamente, eles perderam a vergonha e escancaram, numa luta de vale-tudo pelo poder, que os comissionados são usados para fazer politica. É o que ficou claro, hoje, quando um dos candidatos do PT à PCR afirmou: “que os comissionados não querem ficar mais sete meses.

Querem ficar mais quatro anos”.

Então é isso.

A luta é essa.

Não se discute a cidade.

O que está em debate de forma explicita é como manter as vantagens pessoais dos comissionados.

Hoje, como todo cidadão que ama sua cidade, estou chocado e revoltado com a política que se faz no Recife.

Em países desenvolvidos, tal declaração seria motivo de revolta e protestos.

Infelizmente, aqui, tratamos como algo normal.

Precisamos urgentemente diminuir essa farra de cargos e vantagens.

Dar um basta a essa politica do toma lá, dá cá.

Por que o povo tem que pagar a conta do interesse individual?

Esse e outros questionamentos começam a vir dos quatro cantos do Recife.

Nossa cidade não pode ser curral de ninguém.

Esses novos coronéis do asfalto não percebem que uma revolução silenciosa começa a acontecer em nossa cidade.

As mentes independentes começam a entender que um #recifelivre precisa surgir.

Democracia não se constrói com controle.

Esse novo formato de ditadura dos favores não vai vingar.

No passado, uma ditadura militar controlou a vida das pessoas.

Agora, tentam controlar tudo pela força do favor e da benesse individual.

Até o pensamento querem domar.

Precisamos mostrar que é possível unir as mentes livres num movimento político que rompa de verdade com essas velhas práticas.