O jogador de futebol e ex-vereador de Goiânia, Túlio Maravilha, foi flagrado em gravações pedindo 30 mil para Carlinhos Cachoeira e também ofereceu cargo fantasma para o bicheiro.
O advogado do jogador confirmou o recebimento do valor.
Em busca do seu milésimo gol, Túlio Maravilha, atacante do Tanabi-SP e ex-vereador de Goiás pelo PMDB (deixou o cargo para atuar pelo Bonsucesso-RJ), teve seu nome envolvido na Operação Monte Carlo, ação que investigou o esquema de exploração de jogos ilegais comandado por Carlinhos Cachoeira.
Túlio teve seu nome citado em telefonemas de Cahoeira, entre os dias 11 e 31 de março de 2011, gravados pela Polícia Federal.
Túlio teria pedido 30 mil para Cachoeira.
Numa outra conversa, Cachoeira diz para Geovani Pereira, seu contador, que um outro vereador de Goiânia, Santana Gomes (PMDB), teria dito que Túlio queria que Carlinhos Cachoeira assumisse um cargo fantasma em seu gabinete.
Segundo o jornal O Globo, existe um vídeo com “imagens comprometedoras” de Túlio com o prefeito de Goiânia, Paulo garcia (PT).
O vídeo estaria com Luciano Pedroso, vereador que substituiu Túlio na Câmara em setembro de 2011, ou então com um homem identificado como Urto.
Em nova conversa com Cachoeira, o vereador Santana Gomes disse que o conteúdo do vídeo “é uma bomba”.
Para comprá-lo, Luciano Pedroso pediu 300 mil e mais dois cargos políticos.
Levy Leonardo, advogado de Túlio Maravilha, confirmou que o jogador recebeu os 30 mil de Cachoeira, mas na sua campanha para deputado estadual, 2010.
Segundo o advogado, Carlinhos Cachoeira teria feito a doação porque torce para o Botafogo, não por esquemas de corrupção. “O Túlio é uma pessoa muito carismática.
Ele se envolve com as pessoas, conhece bastante gente.
Um dado importante é que Cachoeira é botafoguense.
Pode ter vindo daí esse conhecimento dele com o Túlio.
Mas envolvimento em negócios, esquemas, nunca houve.” Na manhã desta terça-feira, Túlio marcou três gols na vitória por 4x0 do Tanabi contra o Uraniense, em amistoso realizado no interior de São Paulo.
De acordo com o jogador, faltam agora 10 tentos para alcançar a sonhada marca dos mil gols.
Após a partida, Túlio se esquivou das perguntas sobre seu envolvimento com Cachoeira. “Não quero falar sobre isso.
O meu departamento jurídico já está cuidando do caso”, limitou-se a dizer.