No pronunciamento feito na noite da última segunda-feira (30), veiculado em rádio e tv, a presidente Dilma Rousseff focou principalmente a economia nacional, atacando as altas taxas de juros e afirmando que o trabalhador “também precisa ser visto como consumidor.” Em quase sete minutos e meio, Dilma não falou de programas de saúde ou habitação.

Sobre educação, apenas citou o “Brasil Sem Fronteiras”.

A presidente direcionou o pronunciamento visando o Dia do Trabalhador para criticar os bancos privados e empresas de financiamento.

Afirmando que “para garantir os direitos do trabalhador o país precisa consolidar seu crescimento e equilibrar a economia”, a presidente começa seu ataque.

Dilma afirma também que o governo federal luta para dar ao trabalhador as condições de comprar todos os bens e serviços que sua família precisa.

Completando em seguida: “Faz parte dessa luta o esforço do governo para reduzir os juros.” “Vem daí o esforço que o governo faz para equilibrar a economia, o que tem permitido a queda contínua da taxa básica de juros.

Vem daí também a posição firme do governo para que bancos e financeiras diminuam as taxas de juros cobradas aos clientes, nos empréstimos, nas compras a prazo e nos cartões de crédito.” A presidente também afirma que as altas taxas prejudicam a economia do país, que não consegue competir no mercado internacional, e completa afirmando que a lógica utilizada é “perversa”. “Nos últimos anos o nosso sistema bancário está entre os mais sólidos do mundo, entre os que mais lucram.

Isso permite que eles deem crédito melhor e mais barato aos brasileiros.

Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor enquanto a taxa básica SELIC cai, enquanto a economia se mantém estável […] “O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros; a SELIC baixa, a inflação permanece estável; mas os juros do cheque especial, das prestações ou do cartão de crédito não diminuem.” A presidente exalta a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que “escolheram o caminho do bom exemplo”.

Para finalizar o discurso, Dilma afirma que o país vai continuar “procurando meios de baixar os impostos, de combater os malfeitos e os malfeitores.”