A estiagem e a cochonilha, praga que destrói o alimento do gado, têm sido responsáveis pelo recuo de 40% na produção de leite em Pernambuco.

A produção de leite é de grande importância para o estado, colocando Pernambuco como o maior produtor da região Nordeste.

A desaceleração e motivou a realização de uma audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural, que aconteceu na última sexta-feira (27).

O encontro, realizado no município de Itaíba, congregou especialistas da área, políticos e produtores locais.

Itaíba, no Agreste pernambucano, fica a 353 quilômetros do Recife.

A cidade é a maior produtora da Bacia Leitera do estado.

Segundo os pecuaristas, a praga da cochonilha destruiu 70% da palma.

O fato, somado à seca que assola a região, deixou os animais sem alimentação e sem água.

De acordo com o coordenador do Programa de Distribuição da Palma do Instituto de Pesquisas de pernambuco (IPA), Djalma Cordeiro, a planta orelha de elefante não é atingida pela praga da cochonilha. “Fizemos experimentos em quatro municípios.

Descobrimos que a cochonilha não prejudicou o plantio desse tipo de palma, que se adptou bem à região”.

Contudo, a produção em grande escala da vegetação é um grande desafio.

O prefeito de Itaíba, Marivaldo Bispo, anunciou a compra de cem caminhões com unidades da vegetação.

O gestor agendou uma idao Recife para a próxima segunda-feira (30) para solicitar ao secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranílson Ramos, a aquisição de carros-pipas.

O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural, Claudiano Martins Filho, enalteceu a importânca da discussão. “Saímos daqui com informações relevantes.

As prefeituras mostraram estar agindo para reduzir os prejuízos e a gestão estadual, por meio do IPA, mostrou-se atenta à problemática.” O prefeito de Manari - no Sertão do Moxotó, Otaviano Martins, enfatizou que o cenário é “extremamente” preocupante. “Manari tem mais de 30 mil cabeças de boi e Itaíba mais de 70 mil.

O povo depende dessa atividade.

Como vamos sobreviver sem a pecuária?”