(Foto: Divulgação) Na última sexta-feira (27), sociedade civil, produtores culturais e gestores públicos discutiram políticas culturais em seminário realizado na Fundação Joaquim Nabuco.
O Seminário Economia da Cultura e Políticas Culturais Segmentadas foi mediado por Leandro Valiati, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor em Economia da Cultura.
O debate foi o primeiro do ciclo promovido pelo Cine PE - Festival do Audiovisual.
Estiveram presentes o ator Otilon Wagner, representando a Associação brasileira de Teatro Independente de São Paulo; o pesquisador Leonardo brant, responsável pelo site Cultura e Mercado; a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Ana Paula Cristina; e do chefe da Representação Regional Nordeste do MinC, Fábio Henrique Lima.
A proposta foi discutir a realidade da atual produção cultural brasileira; seus gargalos e possíveis soluções; mercado cultural, sustentabilidade e democratização de acesso; reformas de marcos legais e leis de incentivo; programas, ações e ainda o incentivo financeiro de atividades culturais através do mecenato.
A secretária Ana Cristina afirmou a importância de mostrar para as empresas que o incentivo à cultura é também uma forma de lucro.
Uma aproximação entre iniciativa privada e indústria cultural incentiva a produção e torna os produtores menos dependentes do Estado. “A política do Audiovisual, assim como dos outros segmentos, não se faz somente com o estado, se faz com os parceiros institucionais, investidores e operacionais, que executam os projetos.
Temos que dar um passo além, o estado tem que ser indutor de empresas fortes para consolidar também uma indústria forte. É preciso ter de volta a parceria privada que foi se perdendo durante um bom tempo.” Ana Cristina se mostrou feliz com os recentes resultados conquistados pelo segmento. “Mesmo não sendo expressivo em recursos financeiros, este foi, para mim, o maior avanço que o setor teve, porque começa-se a ter a visão de que o audiovisual é um setor estratégico para o desenvolvimento da nação.”