Alexandre Albuquerque/divulgação O senador Armando Monteiro (PTB), em entrevista nesta quinta-feira (26) ao apresentador Mário Neto, na Rádio JC/CBN, não se furtou a falar de política local.

Veja os principais pontos.

PT confirma tese de nome alternativo Nós temos defendido desde o início a tese de uma candidatura alternativa na Frente Popular porque assistimos a um processo de desgaste da atual gestão municipal, que tem índices muito preocupantes de desaprovação da população.

Esta tese, que foi no início incompreendida por alguns setores, veio a ser reconhecida, inclusive pelo próprio PT.

Na medida em que o PT inscreve, em um processo de prévias, outro candidato que não o prefeito atual, isto significa que o próprio PT confirma a tese da necessidade de se buscar um processo alternativo.

Nós estamos neste momento aguardando o desfecho deste processo do PT, vamos ver em que vai resultar isto, se o partido vai sair ao final unido, quem vencerá as prévias, se o partido vai sair rachado, fraturado, e nós temos tido indicações preocupantes de um acirramento da disputa, acusações de parte a parte.

Então, nós que formamos este grupo de partidos da Frente Popular achamos que a Frente não pode ficar à reboque destes problemas internos do PT.

Ou seja, os nossos compromissos são muito maiores do que a questão de um partido da Frente.

Na nossa avaliação esta tese permanece válida.

Nós vamos aguardar o desfecho do processo do PT, por entender que o partido tem uma natural precedência.

E se o partido não oferecer à Frente uma alternativa ou uma solução que garanta a unidade da Frente, nós vamos sim construir uma candidatura alternativa, e aí estes partidos tem vários quadros que podem se apresentar para a disputa.

Os partidos da Frente podem apoiar Rands?

Se ele reunir as condições ao final, se sair da disputa unindo o próprio PT, ele se apresentará a estes partidos com credenciais que, reconheço, fortes.

Se ele garantir a unidade de seu próprio partido.

Agora, se ao final ele sai com o partido rachado, fraturado, por mais credenciais que ele tenha, não terá força política para se impor como candidato da própria Frente.

Apoiariam João da Costa, caso ele vença as prévias?

Nós entendemos que todo este movimento da candidatura alternativa - sem que isto signifique nenhum veto de caráter pessoal -, é o entendimento de que nós precisamos oferecer ao Recife um outro modelo de gestão, um outro projeto, uma nova agenda para o Recife, porque a que vem sendo conduzida pela atual gestão não tem efetivamente garantido aos recifenses algo que se coadune com este momento de Pernambuco.

Ou seja, nós achamos que há um descompasso entre o que está acontecendo no Recife e o que acontece em Pernambuco.