O deputado federal Fernando Ferro, da ala que defende o prefeito João da Costa, nas prévias do PT, disse, no programa Ponto Final, da TV Jornal, com Aldo Vilela, que o petista está sendo injustiçado. “É uma crítica esquisita.

Como o trem (a gestão da prefeitura) está em alta velocidade e o maquinista (João da Costa) não presta?

O maquinista não tem culpa na velocidade do trem?

Estava tudo no piloto automático, era?”, ironizou.

No ar, Costa também reclamou que a discussão no Recife está prejudicando a atuação do partido em outras cidades, como Camaragibe, Ipojuca. “O PT está imobilizado no debate do Recife.

A gente dispersa muita energia aqui, embora eu reconheça que a gente não tem como se ausentar”, reclamou, citando que correligionários do cabo chegaram a enviar uma carta ao senador Humberto Costa, da Executiva estadual, cobrando sua presença na pré-campanha da cidade. “Eu queria poder dormir e só acordar no dia 20 de maio (dias das prévias)”, afirmou, reclamando de que muitas críticas podem deixar sequelas difíceis de curar.

Na mesma linha de defesa da atual gestão, Ferro comentou a mais recente pesquisa do JC com o instituto da Nassau, em que Mendonça Filho lidera, com a entrada de Rands no lugar de Costa.

A pesquisa também mostra que continua elevada a rejeição à gestão.

Ele argumentou que João Paulo também disputou com rejeição elevada e reverteu, além de ter cobrado coerência, citando que em Olinda Renildo terá apoio do PT, mesmo contando com elevados índices de rejeição.

No ar, o parlamentar também rebateu os ataques de aliados de Rands, de suposto uso da máquina municipal, com ameaças de demissão de simpatizantes de Rands. “O que estou sabendo é que havia muito mais gente no lançamento de João da Costa e foi uma manifestação voluntária dos militantes.

Não teve nada armado”, garantiu.

Quando instado a falar do cenário nacional, o deputado Ferro disse que está na hora de julgar o mensalão e que a CPI de Cachoeira é bom para a gestão Dilma, que não compatuaria com desvios. “Corrupção é como gravidez. É um ato de dois.

Cadê o corruptor, só tem sempre o corrupto?

Essa limpeza é boa para a política”, defende.

Por falar em João da Costa veja abaixo o programa gravado com o prefeito na semana passada