Do JC Online A nova rodada da pesquisa IPMN/JC revela que os pré-candidatos a prefeito do Recife têm pela frente o desafio de superar os índices altos de rejeição dos seus nomes pelos eleitores.

Embora tenha desistido de participar da prévia no PT, João Paulo é o que enfrenta a menor resistência dos entrevistados.

Quando confrontados com uma lista de nomes e questionados em qual deles não votaria de maneira nenhuma, 42% dos entrevistados citaram o ex-prefeito.

Em segundo lugar aparece o deputado Mendonça Filho (DEM), com 64% da rejeição.

O atual prefeito João da Costa (PT) e o deputado Raul Henry (PMDB) surgem empatados na terceira colocação, com 72% das citações, seguidos do senador Armando Monteiro Neto (PTB), que obteve 78%, e de Raul Jungmann (PPS), com 81%.

Mais novo nome inserido no quadro sucessório do Recife, o deputado petista Maurício Rands – ainda pouco conhecido do eleitor – ficou com um índice de 82% da rejeição, que deverá cair caso ele vença João da Costa na prévia do PT, conforme prevê o cientista político Adriano Oliveira, coordenador da pesquisa IPMN/JC.

Os pré-candidatos de pequenos partidos lideram a rejeição do eleitor do Recife.

Jair Pedro (PSTU) e Roberto Numeriano (PCB) obtiveram 97%, e Noélia Brito, do PSOL, ficou com 98% das citações.

Além da rejeição, o Instituto Maurício de Nassau perguntou aos entrevistados, com base numa lista de nomes, qual político ele tem medo que venha a ser prefeito do Recife.

Nesse campo, João da Costa é o líder absoluto, com 37% das citações.

Os demais nomes “assustam” bem menos o eleitor: Mendonça Filho (6%), João Paulo (4%), Raul Henry, Raul Jungmann, Sílvio Costa Filho, Jair Pedro e Noélia Brito tiveram 2% das citações, cada um.

Daniel Coelho e Roberto Numeriano receberam 1%.

Outros 27% dos entrevistados disseram que não temem nenhum candidato, e 12% não responderam à questão.

O professor Adriano Oliveira explica que a rejeição tem a ver com a memória do eleitor, que aprova ou não um político de acordo com o desempenho que já percebeu dele em algum momento. “Já medo é definido por um sentimento com relação ao futuro.

Um receio diante do que o político possa vir a fazer se for eleito”, afirma.

MEMÓRIA O levantamento também quis saber se o eleitor do Recife lembra em quem votou para prefeito no pleito anterior, em 2008.

Dos ouvidos, 45% disseram que lembram do candidato em quem deram o voto, mas outros 47% admitiram ter esquecido o nome que sufragaram.

Outros 7% não responderam à pergunta.

Entre os eleitores que afirmaram estar lembrados do candidato escolhido em 2008, 77% disseram ter votado em João da Costa e 7,1% em Mendonça Filho.

O curioso é que outros 8,2% afirmaram ter votado em João Paulo, que não participou do pleito passado, mas foi o principal cabo eleitoral do atual prefeito.

Quando questionados se estavam arrependidos do voto que deram em 2008, 60% dos eleitores de João da Costa admitiram que sim, enquanto 40% disseram que não.

Já entre os que escolheram Mendonça Filho, que ficou em segundo lugar na disputa de 2008, 96% dos entrevistados afirmaram que não se arrependem de tê-lo escolhido, contra apenas 4% que se disseram arrependidos.

Leia a reportagem completa no Jornal do Commercio deste domingo (22)