Preocupado com a seca que atinge principalmente o Agreste e o Sertão pernambucanos, o governador Eduardo Campos realizou uma reunião na tarde desta sexta-feira (20) com dois objetivos: traçar um roteiro de medidas emergenciais que serão realizadas pelo Governo do Estado e elaborar um plano estruturante que será entregue à Presidenta Dilma Rousseff na próxima segunda-feira, em Aracaju, durante a reunião dos governadores.

Quanto às ações que serão apresentadas na reunião dos governadores, Eduardo vai propor a criação de uma linha de crédito de custeio emergencial para a atividade agrícola; a liberação do FGTS para os agricultores e a suspensão da cobrança de dívidas do PRONAF.

Também serão sugeridas a liberação de mais recursos para as obras da Transposição do São Francisco, a ampliação da capacidade da Adutora do Oeste e a interligação das barragens de Algodões e Tamboril ao sistema adutor do Oeste em Ouricuri como ações a serem tomadas a médio e longo prazo.

De acordo com balanço atualizado hoje pela Codecipe, 22 cidades do Sertão e outras sete do Agreste, onde residem mais de 300 mil pessoas, estão sendo afetadas pela estiagem.

A reunião desta tarde durou cerca de duas horas e meia e contou com a presença de representantes de diversas secretarias e órgãos operativos do Governo.

Escalado para falar em nome da equipe, o secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, disse que o Governo vai acompanhar o desempenho da chuva durante os meses de maio e junho ”O diagnóstico não é bom, mas vai ser acompanhado até julho, ou seja, teremos uma clareza maior da situação”, explicou.

Entre as medidas emergenciais que já estão sento tomadas pelo Estado estão a perfuração de mil poços artesianos e o reforço no abastecimento de água das cidades através dos carros-pipa.

Por sugestão do governador também serão criados dez comitês regionais para ajudar na identificação de pontos de disponibilidade de água.