Em visita ao Blog de Jamildo, nesta quinta-feira, o vice-prefeito de Itapissuma, Carlos Pereira, confirmou que será candidato a prefeito do município nas eleições deste ano, com o objetivo de destronar o tucano Cal Volia, com quem rompeu depois de seis meses de governo, na atual gestão.
A principal bandeira do socialista é a moralização da gestão da cidade. “O prefeito de minha terra é o rei do nepotismo.
Pai, mãe, tia, esposa, sobrinhos e agregados sugam o erário municipal”, diz. “O Cal Volia é o único prefeito do Brasil que tem cinco parentes em cargos de frente na gestão.
O pai é o secretário de governo.
A mãe é a secretária geral do governo.
Um primo é secretário de finanças.
A esposa é secretária de ação social.
A tia é secretária de educação”, aponta o presidente do diretório municipal do PSB.
Carlos Pereira conta que terá o apoio do governador Eduardo Campos e também do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, do PDT.
Uchoa havia empenhado apoio ao socialista antes que o correligionário Clovis Cavalcante mudasse de opinião e resolvesse voltar a disputa este ano, novamente.
Clóvis já foi prefeito da cidade por duas vezes, mas também perdeu em três oportunidades para o grupo de Volia, que buscará a reeleição. “Eu ainda espero que Clóvis venha ajudar a gente”.
Sem um cargo na prefeitura, nem um gabinete, ele diz que atende aos correligionários em casa. “Só recebo o salário porque é o jeito, mas eles demitiram todas as pessoas que eram ligadas a mim.
Se um comissionado falar comigo, pode sofrer represália”, diz.
Com 23 mil habitantes, a prefeitura arrecada cerca de R$ 4 milhões por mês.
Quando questionado qual seria o principal problema da cidade, a ser resolvido pela gestão, Carlos Pereira acredita que é a violência.
Ele lamenta que a cidade seja uma das mais violentas do Estado, com o avanço da droga entre os jovens e muita criminalidade. “Não é que o Pacto pela Vida não tenha funcionado no município, é que o prefeito não se mobilizou, não apresenta projetos para ocupar os jovens”, culpa.
Até a instalação das Upas rende polêmica por lá. “O hospital municipal existe, mas apenas como ponto de táxi, para ir a Upa de Cruz de Rebouças.
Depois que o governador criou a UPA, o prefeito deixou de investir no hospital.
Quando não falta médico, falta medicamento”, cirtica.
Sem apresentar provas, o ex-aliado do tucano diz que Volia estaria retardando a reforma de prédios públicos para beneficiar aliados com o pagamento de alugueis de prédios. “A maioria das secretarias funciona em casas alugadas.
Turismo, por exemplo, fechou para reforma e nunca mais reabriu.
E o pessoal que recebe aluguel é ligado ao prefeito”, questiona.