A família do jornalista Edson Régis de Carvalho, que morreu em um atentado atribuído a grupos de esquerda no Aeroporto dos Guararapes, em 1966, vai entrar no Ministério da Justiça com um pedido de indenização.
Nestes anos todos, nunca pediram nem uma revisão dos proventos da pensão recebida pela morte.
Não deixa de ser curioso, enquanto vários assassinos já foram agraciados com indenizações milionárias, pagas com nossos impostos.
Além de um almirante, outras 14 pessoas foram feridas na explosão.
Esse atentado foi um dos atos que provocaram o endurecimento do regime militar e é considerado o início da luta armada no Brasil.
Na manhã de 25 de julho de 1966, o Marechal Costa e Silva, então candidato à Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que lotavam o Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Ele iria à Sudene, em campanha. casado e pai de cinco filhos, Régis morreu com um rombo no abdômen.
O vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes, com o crânio esfacelado, deixando viúva e dois filhos menores.
Em 1995, o Jornal do Commercio ganhou um prêmio Esso de Reportagem pela cobertura do caso.
O ex-deputado estadual Pedro Eurico, um dos advogados do processo, diz que a ação é inédita em todo o país porque nunca havia sido julgado antes um processo com vítimas indiretas do regime.
Ele não foi vítima de perseguição da ditadura porque não era nem militante político, mas morreu por conta do clima de insegurança naquele período.
O pedido de indenização soma R$ 7 milhões.