O prefeito João da Costa prometeu, no programa Ponto Final, da TV Jornal, lançar uma PPP para buscar a reurbanização da área da Rua Imperial, no Coque, em paralelo ao projeto de recuperação da área do cais José Estelita, com o projeto Novo Recife, da Moura Dubeaux.

Não definiu prazo.

Com a valorização da área em função do projeto imobiliário, a prefeitura planeja promover a requalificação das áreas mais degradadas. “Vamos valorizar toda a área.

Haverá parques e jardins, até com a demolição do viaduto das Cinco Pontas.

A idéia é que a Avenida Dantas Barreto seja interligada diretamente ao Cais José Estelita”, conta.

João da Costa também revelou que a PCR exigiu R$ 20 milhões em compesações à empreiteira e que parte dos recursos será empregada, na recuperação da igreja da Matriz de São José, bem como no projeto do novo parque da Tamarineira.

João da Costa disse que o projeto do novo parque custará investimentos de R$ 50 milhões e será lançado no segundo semestre deste ano.

Neste final de semana, diante das críticas feitas por parcela da sociedade, o Consórcio formado pela Moura Dubeux, Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos e GL Empreendimentos, responsável pelo futuro bairro, informou que o Projeto Novo Recife, que prevê construção de um empreendimento imobiliário no Cais José Estelita, área central da capital, terá espaço público e acesso aos moradores.

O grupo diz que a meta é realizar a urbanização da área, hoje totalmente degradada e abandonada, implantando áreas verdes, ciclovia e um espaço cultural.

Em entrevista aoi JC, Eduardo Moura, diretor de Desenvolvimento Imobiliário da Moura Dubeux, pondera que as pessoas que criticam o Novo Recife consideram apenas a verticalização proposta, esquecendo os benefícios.

Ele rebate o argumento de que o futuro bairro complicará ainda mais a mobilidade da cidade, lançando mais carros no Cais José Estelita. “Ao contrário.

Hoje, um médico que trabalha no polo da Ilha do Leite, por exemplo, vai morar em Boa Viagem ou Casa Forte e, todos os dias, sofre para se deslocar de casa para o trabalho.

Se for dada a ele a opção de moradia perto do trabalho, num lugar agradável, é provável que aceite.

Sendo assim, o deslocamento será menor e estaremos evitando que seja mais um veículo nos corredores da cidade”, argumenta.

Moura pondera também que o projeto trará outros benefícios para a cidade, resultado das ações mitigadoras exigidas pela prefeitura. “Nós vamos construir uma via ligando o Bairro de São José à Ilha do Leite, além de abrir diversas ruas de acesso na área.

Também iremos restaurar a Igreja Matriz de São José, localizada na Rua Imperial, que hoje sofre com a degradação, e, a pedido do Iphan, preservaremos os antigos galpões da Rede Ferroviária Federal”, garante.

Eduardo Moura diz que, desde que foi pensado, o Projeto Novo Recife está em discussão junto à Prefeitura do Recife e aos órgãos de preservação histórica, como o Iphan.