Acabei de participar, com Aldo Vilela, da gravação do programa Ponto Final, com o prefeito João da Costa.
O dia de gravação coincidiu com o início das inscrições para as prévias do PT no Recife.
João da Costa criticou mais duramente o adversário.
João da Costa também disse que não definiu ainda que dia, até sexta-feira, fará a sua inscrição nas prévias.
Primeiro, João da Costa reclamou do fogo amigo e cobrou união do PT, em torno da gestão, argumentando que defendia um projeto coletivo e não pessoal. “Se todos estivessem unidos, trabalhando e defendendo a gestão, a gente teria hoje uma situação bem melhor na cidade”, frisou. “O fogo amigo, essa disputa de poder, prejudica o partido e eu não me considero culpado por isto.
Vejo, alías, uma grande irresponsabilidade histórica de algumas lideranças (não citou nomes) que não buscam construir uma saída, pois problemas todas as gestões tem, é natural”, afirmou.
No entanto, foi quando questionado sobre as seqüelas que o processo das prévias poderia deixar como legado para sua campanha que João da Costa calçou as luvas de boxe. “O problema é que todo esse processo foi atropelado.
Não teve conversa com ninguém.
Não se sabe de onde veio essa articulação.
Se resolveu do dia para a noite.
Agora, Rands diz que foi convocado para salvar a Frente Popular, que eu busco destruir.
Não se sabe quem fez essa convocação.
Ele nem queria, vai fazer o sacrifício (em tom de ironia)”, diz.
O prefeito mostrou especial descontentamento com a observação, feita por Rands neste final de semana, de que, se vencer as prévias, João da Costa vai rachar e ficar em dificuldades nestas eleições. “Não existe isto.
Nenhum partido da Frente Popular veta o meu nome.
Afirmar isto é fazer terrorismo interno, dentro do partido.
O que Rands vai dizer se eu vencer as prévias?
Quer dizer, com isto, que ele não vai me apoiar?”, questionou.
No meio do tiroteio, João da Costa soltou uma frase enigmática.
Ele disse que a candidatura de Rands representaria interesses externos ao partido.
Ao final da gravação, eu questionei o prefeito sobre o que ele queria dizer com a colocação, mas João da Costa preferiu silenciar.