A 6ª Cúpula das Américas, a ser realizada nos próximos sábado (14) e domingo (15), terá como um dos temas principais o combate ao consumo de drogas.

O Brasil, que até então teve papel discreto, será cobrado por atuação mais forte.

O encontro a ser realizado em Cartagena, Colômbia, reunirá líderes de 34 nações, dos quais o país sede, o Brasil e os Estados Unidos são apontados como principais atores.

O Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo.

Os EUA despejaram cerca de US$ 1,1 bilhão (R$ 2 bilhões) por ano até 2010 no chamado Plano Colômbia, financiando, treinando e apoiando o Exército colombiano para combater as guerrilhas e o tráfico.

A estratégia assustou vizinhos, que viam como desconfiança a ação norte-americana nas fronteiras dos demais países, principalmente nas proximidades da Amazônia.

A Casa Branca tem admitido a sua responsabilidade no aumento do consumo e, por consequência, na violência causada pelo tráfico de drogas no continente – por outro lado, tem reiterado que a responsabilidade deve ser compartilhada.

Descriminalizar - Uma proposta que tem ganhado a simpatia de intelectuais, especialistas e autoridades latino-americanas é a de descriminalizar o uso de drogas na região.

Um dos simpatizantes é o presidente guatemalteco, o general reformado Otto Pérez Molina, para quem anos de combate às drogas mostraram o fracasso das atuais políticas.

Ex-presidentes, como Fernando Henrique Cardoso (Brasil), Vicente Fox e Ernesto Zedillo (México) e Cesar Gaviria (Colômbia), também já expressaram seu apoio a propostas de descriminalização ou até legalização – embora só o tenham feito após sair do poder.