A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) pedirá ao governo desonerações para a cadeia de produção de equipamentos do setor e também na folha de pagamento, afirmou nesta segunda-feira (9) o presidente da entidade, Rodrigo Vilaça. “Também vamos pedir aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) formas de financiamento com taxas menores e com prazos mais longos de 20 a 25 anos.” Segundo Vilaça, se o setor obtiver esses benefícios, os planos de expansão e investimentos até 2020 poderão aumentar consideravelmente.
A malha conta hoje com 3 mil locomotivas e pouco mais de cem mil vagões.
Os planos das concessionárias que integram a ANTF são de adquirir mais 2 mil locomotivas e mais 40 mil vagões até 2020.
Caso consigam os benefícios, as compras podem chegar a 6 mil locomotivas e 200 mil vagões. “Temos duas fábricas no País com capacidade para construir 150 locomotivas e 12 mil vagões por ano”, declarou.
De acordo com o presidente da ANTF, os equipamentos a serem adquiridos devem ser usados nas novas linhas que estão sendo construídas ou ainda estão em fase de planejamento.
Atualmente, a malha ferroviária brasileira tem 26 mil quilômetros, com previsão de chegar a 42 mil até 2022.
Esse número leva em consideração as linhas públicas e concedidas. “Você terá mais velocidade nessas linhas modernas, permitindo, inclusive, o transporte de pessoas.
A ferrovia é um modal importantíssimo para o transporte em escala em um país continental como o Brasil.
O setor já contribui muito hoje e pode contribuir ainda mais.
Vamos chegar onde o governo quer”, disse o executivo.
Novo marco - Vilaça comentou que a saída de Bernardo Figueiredo da diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atrapalha algumas decisões importantes para o setor, como a definição do novo marco ferroviário.
Na avaliação dele, porém, a nova diretoria interina nomeada pelo Ministério dos Transportes terá condições de tomar uma decisão “ágil e acertada”, porque o corpo técnico e a estrutura da agência não foram afetados. fonte: Agência Estado