Foto: Guga Matos/JC Imagem O senador e maior líder do PTB no Estado Armando Monteiro Neto insistiu, na manhã desta quarta-feira (4), que os partidos governistas não podem ficar à reboque das “contradições” do PT no quesito “eleições municipais” e que, por isso, o seu partido continua disposto a discutir um projeto “alternativo” para o Recife.

Armando alertou para o “custo político” que virá das prévias petistas - disputa interna entre o prefeito João da Costa e o deputado federal licenciado Maurício Rands - , avaliando que o resultado pode não garantir nem a unidade do PT, muito menos a da Frente Popular.

Em entrevista a Geraldo Freire, na Rádio Jornal, Armando Monteiro também garantiu que nunca cogitou e nem cogita ser, ele próprio, o tal “candidato alternativo” da ala governista para a sucessão do Recife.

Insistiu que o bloco lidera, à frente o PTB, quer apenas dar essa contribuição à Frente Popular, lembrando que o próprio PSB do governador Eduardo Campos abriu essa discussão, em 2001, quando o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) transferiu seu domicílio eleitoral de Petrolina para o Recife, colocando seu nome como opção para governista na capital. “Nunca cogitei (concorrer à Prefeitura do Recife), apenas fizemos um movimento no sentido de oferecer uma alternativa à Frente Popular.

Não cogitamos isso (a disputa), agora não podemos deixar de discutir que a Frente Popular ofereça alternativas”, disse Armando, que também transferiu seu domicílio eleitoral da Mata Sul para o Recife.

Ainda na entrevista, o senador do PTB avaliou que há uma questão fundamental nessa discussão da Frente Popular, que é saber como virá o PT da disputa interna entre João da Costa e Rands, ou seja, se o partido - a partir do resultado das prévias - conseguirá unir a própria legenda para, então, trabalhar a unidade dos governistas. “É preciso ver o custo político disso”, frisou, lembrando que prévias quase sempre trazem sequelas e divisões.

Depois de enfatizar que o prefeito não conseguir unir o PT, e tampouco a Frente, Armando também considerou - diante da pergunta sobre se ficaria com Rands ou João da Costa - que não há porque o PTB se colocar agora nestes termos, porque o próprio PT ainda não decidiu o seu candidato e até lideranças importantes do partido - citou o deputado federal e ex-prefeito João Paulo - continuam indefinidas no processo eleitoral. “Não posso fazer escolha, até porque há essa questão: o PT sairá unido (das prévias?).

Qual será o custo político disso?” reforçou o questionamento Armando, deixando claro que, diante desse cenário, o PTB não se afastará da tese de um caminho alternativo para a disputa.