Da Agência Estado O presidente do Democratas, senador José Agripino (RN), afirmou nesta terça-feira, 3, que o partido não vai recorrer à Justiça para reaver o mandato do ex-líder da bancada Demóstenes Torres (GO).

O parlamentar enviou-lhe uma carta na qual pede seu desligamento do DEM. “O partido não tem argumento para a demanda”, afirmou Agripino, para quem caberá ao Conselho de Ética do Senado decidir sobre a perda do mandato do senador goiano.

Demóstenes é acusado de ter se tornado sócio do empresário do ramo de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

Na carta de duas páginas que enviou ao presidente do DEM, Demóstenes alegou que sua saída ocorreu por “justa causa” e o partido argumenta que o senador teria se desviado de forma reiterada do programa do partido.

Dessa forma, a legenda não poderia pedir o mandato de Demóstenes de volta.

Um assessor jurídico do partido afirmou à Agência Estado, que é difícil pedir o mandato de Demóstenes porque não ocorreu, no caso, infidelidade partidária.

Do ponto de vista político, o DEM não tem dado mostras de que quer comprar briga na Justiça Eleitoral contra ele.

Para o líder da bancada da Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) o caso Demóstenes é “assunto superado” dentro do partido. “A gente não passa a mão na cabeça de quem erra.

Se ele não tivesse pedido para se desfiliar, certamente seria expulso.

Não temos nenhum problema em cortar na própria carne”.