Danilo Cabral (foto) foi um dos incentivadores de Rands Bruna Serra/Jornal do Commercio Um prestigiado trio do Palácio do Campo das Princesas trabalhou com afinco pela candidatura-bomba do secretário estadual de Governo, Maurício Rands (PT), à Prefeitura do Recife.
Homens da mais alta confiança do governador Eduardo Campos (PSB), os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Danilo Cabral (Cidades) e Geraldo Júlio (Desenvolvimento), todos do PSB, dedicaram parte de seu tempo para incentivar o colega petista a entrar na disputa.
Tamanho empenho, entretanto, não foi motivada apenas pela simpatia palaciana por Rands.
Com muitos contatos em Brasília e boas relações com embaixadas de vários países e diretorias de instituições como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird), Rands foi subindo na cotação do governador a cada conquista de recursos para o Estado.
Governador e secretário viajaram juntos para a Itália, durante as negociações para instalação da fábrica da Fiat em Goiana, na Mata Norte.
Mais recentemente, estiveram em Washington.
A proximidade dos dois começou a gerar uma certa preocupação no supracitado trio, cujos membros agiram para evitar que o petista surja como mais um na disputa para a sucessão do governador em 2014.
Rands, que sempre acalentou o desejo de sentar-se na cadeira do executivo municipal, brilhou os olhos diante da chance de se tornar prefeito.
Na segunda-feira (19), depois de participar de um evento no Porto do Recife, o governador tomou café da manhã com Rands, no Palácio.
Na ocasião, recebeu a notícia de que o secretário pretendia mesmo entrar na disputa municipal.
Na tarde do mesmo dia, Eduardo almoçou com o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho (PSB), que foi o interlocutor para a conversa que o governador teve na terça (20) com o prefeito João da Costa.
Fontes no Palácio do Campo das Princesas afirmam que Eduardo teria dito a ambos que quem unisse o PT e a Frente Popular teria seu apoio.
Turbinado pelo incentivo daqueles que o querem fora do páreo para 2014, Maurício Rands, caso perca a prévia para o prefeito João da Costa, volta ao governo com o peso de não ter conseguido unir seu próprio partido, portanto, em baixa para uma disputa maior como é a de governador.
Enquanto isso, nos corredores do palácio os três secretários seguem agradando ao soberano na esperança de um deles ser o escolhido.
O JC procurou os secretários, na sexta (23), mas nenhum deles retornou as ligações.