O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) promove, a partir da próxima segunda-feira (26), a Semana de Busca e Defesa da Criança Desaparecida.

O evento começa com um ato público, que acontecerá na Praça da República, onde será lançada uma lei, a qual prevê a emissão de certidão de nascimento nas maternidades.

Estarão presentes representantes das Secretarias Estaduais de Saúde, Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos e de Educação.

Ainda serão realizadas três audiências.

A primeira, na quinta-feira (29), com o chefe de Polícia Civil, Manoel Carneiro; a segunda, na sexta-feira (30), com o procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Aguinaldo Fenelon; já a última será com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Jovaldo Nunes.

A Semana faz parte de uma campanha permanente do Conselho Federal de Medicina (CFM) juntamente com os 27 conselhos regionais de Medicina (CRMs), iniciada em dezembro do ano passado.

A Campanha pede o engajamento dos 370 mil médicos do país na luta em busca de crianças desaparecidas.

Cartazes com esclarecimentos estão sendo afixados nos postos de saúde de todo Brasil.

A campanha chama atenção da sociedade e dos médicos para o grande problema do desaparecimento.

Anualmente, são registrados no Brasil 40 mil desaparecimentos de crianças.

De acordo com especialistas no tema, 70% dos desaparecidos fogem de casa por problemas domésticos e cerca de 15% nunca mais reencontrarão suas famílias.

Observar semelhanças com os pais, sinais de agressão, comportamento da criança com a família.

Estas são algumas orientações para que os médicos fiquem atentos nos hospitais, prontos-socorros e clínicas do país.

Outra recomendação indicada pelo Conselho é que os médicos sempre confiram os documentos do menor e dos responsáveis.

Um dos objetivos da ação é divulgar a Lei Federal nº 11.259/2005, conhecida como “Lei da busca imediata” que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial. “Os brasileiros têm um mito de que é necessário aguardar 24 horas para fazer a denúncia.

Este tempo é crucial para encontrar uma criança desaparecida”, alertou 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima.

Divulgação – Além dos cartazes, o Conselho lançou uma página eletrônica que traz informações para pais e médicos sobre a questão.

As informações também foram encaminhadas por meios eletrônicos aos 370 mil médicos do país.

O CFM disponibiliza ainda no site oficial da entidade – www.portalmedico.org.br – um banner da campanha, que também dá acesso ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (www.desaparecidos.mj.gov.br).

O objetivo da iniciativa é ampliar um esforço coletivo e de âmbito nacional, para a busca e localização de crianças, adolescentes e adultos.

Segundo o coordenador da Comissão de Assuntos Sociais do CFM e secretário-geral da entidade, Henrique Batista, o cadastro é um importante instrumento de apoio à sociedade brasileira. “A entidade pede que a categoria médica fique atenta aos retratos que estejam neste cadastro, pois as pessoas podem passar por uma unidade de saúde e precisar de um tratamento médico”, apontou Batista.