Duplicação da BR-408, em São Lourenço, vai melhorar acesso à arena da Copa.
Foto: Bernardo Soares/JC Imagem Da Veja.com O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou, nesta quarta-feira (21), dados pouco animadores em relação à mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014.
Segundo o relator do processo sobre o mundial, ministro Valmir Campelo, apenas 4% dos recursos previstos para obras de transporte foram liberados até agora pela Caixa Econômica Federal (CEF) aos governos estaduais e municipais.
Em outras palavras, somente verbas para sete das 54 operações foram desembolsadas. “O atraso pode resultar em uma Copa mais cara, porque pode ensejar aditamentos”, disse Campelo.
De acordo com o ministro, os recursos estão garantidos pela Caixa.
O que falta são os governos estaduais e municipais encaminharem os projetos executivos ao banco.
Ele disse ainda que Belo Horizonte é a mais adiantada das doze cidades-sede nas obras de mobilidade urbana.
Campelo participou de audiência na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.
O valor previsto de financiamento pela Caixa é de R$ 7,6 bilhões.
Esta quantia está incluída no total de R$ 11,48 bilhões de reais previsto para mobilidade urbana.
O BNDES contribuirá com um aporte de R$ 1,2 bilhão e os governos locais custearão o valor restante, R$ 2,68 bilhões.
Campelo disse que a falta de planejamento urbano, requisito necessário para que a população usufrua do legado das obras, é preocupante. “Mentiríamos se falássemos que o Brasil pensou em médio e longo prazo”, disse. “Preocupa-nos o risco de conceder uma herança que não corresponda às reais necessidades da população ao término dos jogos", disse.
Prevenção – O ministro do TCU informou também que as ações preventivas do tribunal para evitar irregularidades reduziram os preços das obras num total de meio bilhão de reais.
O valor inclui orçamento para estádios e aeroportos, por exemplo. “A atuação do TCU repercutiu em benefícios concretos e superiores a meio bilhão de reais, sem que fosse paralisada nenhuma obra”, disse.