O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, tido como um dos mais leais aliados do governador Eduardo Campos, rompeu o silêncio e criticou publicamente o Grupo Alternativo, tocado por uma série de partidos, a frente o PTB de Armando Monteiro Neto, com vistas a apresentação de um nome alternativo a João da Costa, pre-candidato já declarado pelo PT. “A aliança formada pela Frente Popular só tem um líder, que é Eduardo Campos, Não tem outro”, diz. “No meu entender, essas conversas deveriam ser feitas pelos presidentes dos partidos e não a partir da formação de grupos, que defendem apenas interesses particulares”, observou.

As críticas sobreram até para o deputado federal Paulo Rubem Santiago, que ingressou no PDT com o objetivo de disputar a Prefeitura do Recife. “Qual é a legitimidade de Paulo Rubem?

Ele teve 43 mil votos.

Eu tive 100 mil.

Eu sou presidente da Alepe e ele nunca foi”, comparou. “Temos que deixar claro que isto (o GA) é um projeto pessoal.

Ou então, acaba a alinça logo”, afirmou. “A prova de que o negócio é furado é que os encontros duram dois meses e eles não lançam um candidato.

Nem a ala do PT que é contra João da Costa se fez representar nos encontros”, observou. “Nós participamos de uma aliança.

O governador honra os compromissos políticos, então temos que honrar os nossos compromissos com a Frente Popular também”.

Entre os socialistas, o clima de animosidade não é diferente.

Veja o depoimento colhido junto a uma raposa felpuda do PSB, nesta semana, ao longo das conversas sobre as marchas e contramarchas da sucessão no Recife.

O Palácio do Campos das Princesas não aceitou a transferência do título de Armando Neto de Ribeirão para o Recife.

A iniciativa foi vista como uma manobra para sair ele mesmo candidato no Recife. “Como é que se esconde o leite assim dos aliados?

Transferiu e não deu publicidade?

Foi por isto que Luciano Siqueira saiu, quando viu que não estava certo.

O mais incrível é o amadorismo.

Como não teve sucesso, poderiam lançar agora o Grupo da Adversidade (GA), que é um movimento com mais inteligência e criatividade”, criticam, apenas sob reserva.