Por Beatriz Braga, especial para o Blog de Jamildo Todos os caminhos levam ao secretário de governo Maurício Rands (PT).
O petista, de repente, se tornou um dos nomes mais cogitados para aparar as arestas da base aliada ao Governo Dilma Roussefff no Recife na disputa eleitoral deste ano.
O secretário, que pouco se expôs diante do imbróglio construído no PT até então, apesar de não ser muito conhecido pelo eleitorado recifense, seria um possível aglutinador de forças estratégicas.
Braço forte do governador Eduardo Campos (PSB), que aguarda as definições petistas para se posicionar quanto a disputa deste ano, o apoio do socialista seria um dos grandes privilégios da candidatura de Rands.
Além, também, de outro importante cabo eleitoral no Recife, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que poderá retribuir a presença constante do secretário de governo na época mais turbulenta que passou no Palácio da Alvorada – o escândalo do mensalão de 2005.
Há, ainda, ligado ao nome do petista, o apoio do senador Humberto Costa, que carrega o bastão da corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB).
Na esteira das empatias, Rands poderá atrair, também, a anuência do senador Armando Monteiro (PTB), que levantou a bandeira das múltiplas candidaturas em recusa à João da Costa, devido aos altos índices de rejeição do atual gestor.
Rands poderá significar uma solução menos desgastante que o lançamento de possibilidades independentes pelo petebista.
Outro acordo estratégico seria com o ex-prefeito e deputado federal João Paulo (PT), que vem a ser o seu maior desafeto pessoal e polític do prefeito João da Costa, à frente da disputa, poderia “fazer as pazes” com o palanque petista.
Citado com o principal cabo eleitoral pelos recifenses, no mais recente estudo de campo feito pelo Instituto Maurício Nassau (IMN), encomendada pelo Jornal do Commercio, o PT poderia ver os eleitores de João Paulo migrarem a favor de Rands.
Mesmo em meio às expectativas em torno do novo nome petista ao executivo municipal, a possibilidade João da Costa não foi descartada.
Apesar do índice de rejeição ao atual prefeito continuar alto (56% ainda desaprovam e 73% acham que o prefeito não merecer ser reeleito), o prefeito sabe que as “viradas de jogo” são comuns nos anos eleitorais.
A exemplo do queridinho dos eleitores, João Paulo (61% de preferência entre os recifenses), que no começo da campanha eleitoral nas eleições de 2004, quando subiu à prefeitura do Recife, amargava 39% de rejeição.
Até que o seu maior rival Cadoca (PPS), que tinha, na época, 40% de aprovação, foi derrubado pelo “caso Maria do Socorro” e os índices inverteram.