Na Agência Estado O conselheiro Fábio Coutinho, relator do caso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, defendeu que a Comissão de Ética da Presidência da República abra um processo e peça esclarecimentos ao petista, envolvido em denúncias por conta da prestação de serviços de consultoria.

Um pedido de vista, no entanto, deu mais duas semanas de sobrevida ao ministro.

Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, a próxima reunião da comissão será dia 26. - (O relator Fábio Coutinho) entendeu que se reclamava o prosseguimento do caso, abrindo-se o procedimento.

Participaram da reunião seis conselheiros, entre eles Américo Lourenço Lacombe, nomeado pela presidente Dilma Rousseff na semana passada.

De acordo com Sepúlveda, os demais membros da comissão não chegaram a se manifestar sobre o caso, já que o pedido de vista foi feito logo após a leitura do relatório.

A oposição vê semelhanças entre a situação de Pimentel e a do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que caiu após o patrimônio ter sido ampliado em 20 vezes com a prestação de serviços de consultoria.

Pimentel é alvo de denúncias de que sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, teria faturado mais de R$ 2 milhões entre 2009 e 2010.

Pimentel é um dos interlocutores mais próximos de Dilma, que tem enfrentado nos últimos dias o momento de maior crise política do seu governo, ao ser confrontada com as insatisfações e retaliações da base aliada.

Pimentel esteve com a presidente na última segunda (12) pela manhã.

Ele deve acompanhar o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em viagem hoje para o México, onde vai tratar de acordo automotivo.

A Comissão de Ética também aplicou ontem “censura ética” ao ex-ministro Wagner Rossi por conta do uso irregular de aeronaves.

Essa punição serve como uma “mancha” no currículo de servidores públicos.