Causou algum frisson a fala pública de Oscar Barreto, presidente municipal do PT, criticando João Paulo e Humberto Costa, mas a rigor a tese de maior ou menor aproximação com o governador Eduardo Campos não é nova no PT local.

Quando João Paulo ainda influenciava João da Costa e era brigado com Humberto Costa, os aliados mais próximos de João Paulo diziam que só ele poderia definir e representar o futuro do partido porque seria mais puro que Humberto Costa.

O mal de Humberto Costa seria justamente sua proximidade com Campos, de quem era secretário.

Assim, o PT não poderia continuar sendo linha auxiliar do PSB no Estado.

Uma raposa felfupa do PT local chegou a dizer, na época, que Humberto Costa e João Paulo eram tão distintos e antípodas que só poderia haver um, como se fossem um highlander.

João Paulo, o highlander do Recife Nesta terça-feira, o pensamento do presidente municipal do PT, Oscar Barreto, disse que a Prefeitura do Recife virou uma espécie de “refúgio” para enfrentar o governador Eduardo Campos (PSB).

Na prática, na sua avaliação, as movimentações do deputado federal João Paulo (PT) e dos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB) seriam uma tentativa de dividir a Frente Popular pela disputa de 2014. “Eles encontraram um governo com muita força e agora escolhem o Recife para enfrentar o governador”, afirma o presidente petista.

Com a vacina, a turma de João da Costa também tenta defender-se da tese de linha auxiliar do PSB.

Quando todos, o que almejam de verdade, são os cargos, o poder, a caneta na mão.