Segundo mês sem bater meta (de redução da violência) No Caderno de Cidades do JC desta segunda O governo do Estado divulgou os números de homicídios registrados no mês de fevereiro.
Assim como em janeiro, a violência recuou, mas não atingiu a meta de redução de 12%, estipulada pelo programa Pacto pela Vida.
Foram 286 assassinatos este ano, contra 307, em fevereiro de 2011.
Para tentar finalmente alcançar o índice desejado, a Secretaria de Defesa Social (SDS) vai realizar esta semana uma série de mudanças nos comandos de batalhões, territórios de segurança e delegacias seccionais.
Em números absolutos, a redução no comparativo de fevereiro de 2012 com o mesmo período do ano passado é de 6,8%.
No entanto, a Gerência de Análise Criminal e Estatística da SDS, levando em consideração que o mês passado teve um dia a mais do que fevereiro de 2011, calculou a queda na taxa de homicídios em 11%.
Desde o ano passado, a SDS vem adotando novas estratégias para tentar repetir o sucesso da redução de homicídios alcançado em 2010, que fechou com uma queda de 14% na taxa de assassinatos de Pernambuco.
Suspensão de férias dos policiais, proibição da saída de presos do regime semi-aberto no fim do ano, priorização da captura de homicidas contumazes e rodízio no comando de áreas consideradas mais importantes foram algumas das medidas postas em prática.
Para o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, as estratégias estão dando resultado.
No entanto, a diminuição da violência desejada precisa de mais tempo para ser atingida. “Há dez meses seguidos, temos menos de 300 homicídios no Estado.
Janeiro e fevereiro registraram os menores números de assassinatos desde 1996, quando começamos a arquivar esses números.
Faremos algumas mudanças de comando agora para valorizar os profissionais que apresentaram bons resultados e iremos distribuí-los em posições-chave”, explicou o secretário de Defesa Social.
Uma das principais mudanças será a ida do tenente-coronel Paulo Pacífico do comando do Batalhão de Choque para a gerência do território da Região Metropolitana do Recife.
Comandos de território geralmente são de responsabilidade de coronéis, mas o tenente-coronel Pacífico foi bem avaliado como chefe do Batalhão de Choque e agora vai administrar o policiamento ostensivo nos 13 municípios que circundam a capital pernambucana.