A líder da oposição na Câmara do Recife, vereadora Priscila Krause (DEM), visitou na tarde desta terça-feira (28) o canteiro de obras do Habitacional Vila Brasil, na Ilha Joana Bezerra.
Onze meses após o prazo para a entrega das 448 unidades aos moradores das palafitas da Vila Brasil, marcada para abril de 2011, o cenário encontrado pela líder é muito diferente do tom de ‘‘realização’’ e ‘‘avanços’’ ditado pelo prefeito João da Costa no evento realizado na manhã de hoje ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT). ‘‘É preciso que a população do Recife reflita sobre o estágio de obras importantes como essa da Vila Brasil.
Além de inaugurar os habitacionais da Via Mangue, ato legítimo, o prefeito deveria ter trazido a presidente e os ministros que a acompanharam para tomar conhecimento dessa realidade, até porque quase metade dos recursos vem da Orçamento Geral da União", disse Priscila.
O Habitacional Vila Brasil teve sua ordem de serviço assinada pelo prefeito João da Costa no final do primeiro ano da sua gestão, mais precisamente no dia seis de novembro de 2009.
Em cerimônia realizada no auditório principal da sede da PCR, prestigiado pelas 448 famílias que serão beneficiadas, o gestor chegou a citar a construção do Habitacional Vila Brasil como a realização de uma de suas principais promessas. “Estou muito feliz em poder cumprir essa que foi uma das minhas principais promessas de campanha”, registrou o prefeito na ocasião.
Na época secretário de Habitação do Recife, Heraldo Selva lembrou que o projeto já nascia atrasado. “Os recursos são desde 2006, mas encontramos várias dificuldades de terreno e só agora foi possível ajudar a diminuir os problemas de tanta gente.
Esse é um presente que o prefeito dá para a população”, explicou.
Contratado por R$ 19,5 milhões, sob a responsabilidade da Edificarte Construtora e Incorporadora Ltda., a obra do Habitacional Vila Brasil prevê a construção de 14 blocos habitacionais com 448 unidades de 41 metros quadrado cada.
A parceria prevê um investimento do governo municipal de R$ 11,3 milhões e uma contrapartida do governo federal de R$ 8,2 milhões. “Essa é uma obra que vem sendo colocada como realidade no governo do PT desde meados da gestão João Paulo.
Estamos no fim do governo João da Costa e a realidade é essa que vemos aqui: tudo parado.
Vamos entrar com um pedido de informações questionando os motivos para essa paralisação e quais os prazos reais para a entrega da obra”, acrescentou Priscila.