BlogImagem Pessoal do Ministério da Saúde distribui camisinhas no Galo da Madrugada No JC de hoje O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, criticou ontem, durante o lançamento da Campanha da Fraternidade no Estado, o Sistema Único de Saúde. “O SUS deixa a desejar.

Os investimentos são insuficientes, assim como os profissionais.

Os pobres não são dignamente assistidos”, disse o religioso, em missa realizada à tarde, na Paróquia de São Sebastião, em Santo Amaro, área central do Recife.

A campanha este ano tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública.” A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também atacou o governo federal pelo pouco investimento na área.

Semana passada foram anunciados R$ 5,4 bilhões para a saúde. “A notícia nos trouxe grande preocupação”, afirmou o secretário geral, dom Leonardo Ulrich Steiner.

A CNBB também apontou problemas como uso inadequado dos recursos, espera por atendimento e exames, falta de vagas e de medicamentos.

Na celebração, que marcou o início do período da Quaresma, quando católicos se preparam para a Páscoa, o arcebispo de Olinda e Recife lembrou da via-crúcis que é marcar consulta na rede pública.

E também da dificuldade de internamento, principalmente quando o paciente precisa de vaga em UTI. “A saúde é um bem-estar físico, psíquico, social e espiritual”, lembrou dom Fernando. “A Campanha da Fraternidade tem a função de promover o debate.

E esse é um tema de urgência e necessidade.” Depois do sermão, dom Fernando Saburido fez a imposição das cinzas.

O pó preto usado no ritual é resultante da queima da folhagem empunhada na última procissão do Domingo de Ramos, festividade em que se comemora a entrada de Cristo em Jerusalém, marcando o início da Semana Santa.

A Quaresma, explica o vigário-geral da arquidiocese, Albérico Almeida, é a principal celebração da Igreja Católica, sendo considerado um ato de penitência. “A Missa das Cinzas simboliza o reconhecimento de que somos pecadores e a fé na misericórdia divina, para buscarmos o perdão de Deus.” A igreja, com capacidade para 300 pessoas, estava lotada.

Uma das fiéis, Raimunda Nonata, espera que a campanha deste ano resulte na melhoria do atendimento nos hospitais. “Muitas vezes os doentes ficam deitados no chão por falta de leito”, reclama a integrante da Pastoral da Saúde, braço da Igreja Católica que se dedica à evangelização e ao atendimento de enfermos.

Relatório da comissão1 View more documents from Daniel Guedes.