Em audiência realizada nesta terça-feira (14), secretário Wilson Damázio prometeu mais empenho nas buscas pelo policial civil acusado de assassinar a professora estadual Izaelma Cavalcante, morta em dezembro do ano passado.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco vai intensificar as buscas pelo policial civil Eduardo Moura Mendes, 50 anos, acusado de assassinar com cinco tiros a ex-companheira, a professora estadual Izaelma Cavalcante Tavares, 36 anos.

A promessa de mais empenho foi feita nesta terça-feira (14), pelo secretário de defesa social Wilson Damázio, durante uma audiência realizada na sede da SDS, em Santo Amaro, no Recife.

A reunião ocorreu após uma solicitação feita pela secretaria de assuntos de gênero do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).

Segundo o secretário Wilson Damázio, a investigação sempre foi prioridade para a segurança pública do estado, pois além do envolvimento de um policial civil, trata-se de um caso de violência contra a mulher. “O crime já foi elucidado e o mandado expedido.

Sendo assim, designamos que a prisão seja feita pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (Goe), através do delegado Cláudio Castro.

A condição de ser um policial civil de nada vai beneficiar o acusado”, garantiu.

Além de intensificar as buscas, a SDS vai dar ênfase à divulgação da foto do policial Eduardo Moura, que atualmente está na lista dos 100 criminosos mais procurados de Pernambuco.

As informações sobre o suspeito estão disponíveis no site da SDS, no www.sds.pe.gov.br.

Participaram da audiência representes do Sintepe, da secretaria da mulher da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o professor Pedro Henrique Melo, que era namorado da vítima na época do crime.

Segundo o docente, após o assassinato, ele e a família estão sofrendo ameaças de pessoas que estariam ligadas ao policial civil.

Durante o encontro, o secretário Wilson Damázio garantiu que as intimidações serão combatidas.

O caso O crime ocorreu no dia três de dezembro, após uma discussão entre Izaelma e Eduardo no apartamento do policial, no Bairro Novo em Olinda, de onde a professora havia saído no dia 9 de outubro, após registrar um boletim de ocorrência.

Depois de efetuar os disparos contra a vítima, Eduardo teria fugido do local levando o filho do casal, um menino de cinco anos.

A criança e o policial permanecem desaparecidos.

A docente ministrava aulas na Escola Estadual Argentina Castelo Branco, em Olinda.

Após ser baleada, ela chegou a ser socorrida, mas a ambulância em que estava se envolveu em um acidente, antes de chegar ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife.

A morte da docente foi registrada no dia 9 de dezembro, seis dias após ser baleada pelo ex-companheiro.

Mobilizações Tendo como exemplo o assassinato da professora Izaelma Cavalcante, o Sintepe está mobilizado para um ato que vai ocorrer no próximo dia 07 de março, em frente à sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Recife.

Na ocasião, o Sindicato vai cobrar que os deputados estaduais tomem providências no enfretamento à violência contra a mulher.

Para esta mobilização, o Sintepe aguarda a presença de diversas entidades ligadas à defesa da mulher.

No dia 8 de março, representantes do Sindicato estarão no Parque 13 de Maio, no centro do Recife, durante o “Dia na Praça”, evento que tem como objetivo orientar a população quanto aos diretos das mulheres.

Além de repassar informações, a Secretaria de Assuntos de Gênero do Sintepe pretende colher assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue às autoridades competentes.