Convidado de honra do baile do Siri na Lata, ao lado da atriz Sônia Braga, o blogueiro Reinaldo Azevedo, um dos melhores jornalistas do Brasil, não apenas pela coragem, mas também pela força de caráter, defendeu, em conversa informal com o Blog de Jamildo, em almoço em Boa Viagem, nesta sexta-feira, que o Brasil precisa de uma legislação antiterror. “Pessoas armadas não podem fazer greve.
Isto é uma irresponsabilidade.
Na verdade, uma soma de responsabilidades, desde governos que apoiaram greves no passado até a atuação questioáavel das lideranças sindicais do setor”, afirma.
Na avaliação do blogueiro, o movimento das políciais militares evidencia a falácia da atuação política de Lula, no governo. “Lula achava que se pode resolver tudo só no gogó (com discurso).
Foi ele que assinou lá atrás uma MP para o Distrito Federal, com recursos da União, prevendo mais recursos para as polícias.
Na própria solenidade ele previa que (a pressão por mais salários) iria se irradiar pelo país afora.
Só que não é só botar fogo.
Tem que ver o orçamento.
Foram eles que instigaram tudo isto”, observa. “Depois da fala do Lula, veio o deputado Faria de Sá, e introduziu, com a PEC 300, o mecanismo segundo o qual a União bancaria o que execeder (a folha salarial dos Estados).
Na campanha, Dilma acusou José Serra de ser contra a PEC 300, eleita ela mesma sabota a PEC 300 e agora, depois das mortes na Bahia, dá declarações conderando a anistia dos policiais.
Como é isto?
Instiga quando é conveniente e depois tira o corpo fora?”, constata.
O que fazer, neste momento, para evitar o pior? “Existe um risco real de que a coisa se espalhe por todo o país.
Tem que chamar as lideranças do movimento e deixar claro que algumas coisas inadimissíveis.
Só na Bahia são mais de 150 mortos”