Veja o pronunciamento do vereador DIA DO FREVO Amanhã, nove de fevereiro, é comemorado o dia do frevo e dada à importância desse ritmo em nossa cultura, venho mais uma vez a essa tribuna fazer esse registro.

O frevo é uma manifestação cultural genuinamente pernambucana.

Nasceu do povo nas ruas do Recife, sendo um legítimo representante da nossa cultura e do nosso povo pernambucano, que foi protagonista de inúmeras lutas libertárias ao longo da história do Brasil.

O frevo surgiu como uma reação popular a elitização do carnaval, ocorrida nas últimas décadas do século dezenove, que tirava o carnaval das ruas e o colocava nos clubes fechados, só para as elites, copiando o modelo veneziano de baile de máscaras, em que o povo não participava da festa.

A palavra frevo vem de ferver, e de acordo com o Vocabulário Pernambucano de Pereira da Costa passou a designar: “Efervescência, agitação, confusão, rebuliço, apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas como pelo Carnaval”.

A data, nove de fevereiro, passa a ser reconhecida oficialmente como dia do frevo, pois foi nessa data, no ano de 1907, que a palavra frevo, que já era divulgada pelo boca a boca do povo, é pela primeira vez publicada em um periódico do Recife, o Jornal Pequeno, que mantinha uma seção sobre ritmos carnavalescos.

Desde nove de fevereiro de 2007, quando completou seus 100 anos, o frevo é reconhecido oficialmente como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pois o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) aprovou, com a presença do então Ministro da Cultura Gilberto Gil, a proposta de registro entregue pelo ex-prefeito do Recife João Paulo.

Foi na gestão do ex-prefeito João Paulo, inclusive, que houve uma importante promoção do frevo, a partir da recuperação do carnaval recifense, com a descentralização em diversos pólos de folia, através do apoio as agremiações carnavalescas e das inúmeras iniciativas para promover nacionalmente o frevo.

Como conseqüência dessas ações, orquestras de frevo, que ressurgiram em grande número, e grupos de passistas, têm agenda de apresentações o ano inteiro.

O frevo, que parecia estar estagnado, tomou novo ânimo, sendo composto e gravado por inúmeros artistas em todo o País.

Viva o Frevo!

Viva o povo pernambucano!