Por Daniel Guedes FLORESTA - Apesar de não ter tocado no assunto de maneira explícita, ficou bastante evidente que a visita as obras da transposição do Rio São Francisco tinha como um de seus objetivos levantar a moral do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, depois da onda de denúncias contra ele e sua família que surgiram desde o final do ano passado.

Bezerra, que é pernambucano, ficou o tempo todo ao lado da presidente e dividiu com ela a entrevista coletiva improvisada no meio do canteiro de obras, num calor que beirava os 50 graus.

Em suas falas, Dilma procurou deixar claro que foi o ministro que esteve a frente em todas as negociações, atribuiu a ele a resolução das pendências e deu a Fernando Bezerra a maior parcela de responsabilidade no que diz respeito cobrar prazos dos consórcios responsáveis por 13 lotes da transposição. “O ministro renegociou contratos, reequilibrou estes contratos e agora temos uma clara perspectiva de fazer com que essa obra entre em regime de Cruzeiro, fazer com que essa obra não tenha nenhum problema de continuidade”. “Eu e o ministro estamos aqui hoje para sinalizar uma coisa: para o Brasil é importante o investimento público.

Vamos tirar o investimento público do papel”, afirmou, voltando a se dirigir a Fernando Bezerra Coelho.

E não parou por aí. “O ministro, inclusive, vai estar trabalhando por um método mais eficiente.

Ele trabalha por meta”, disse, referindo-se ao novo modelo de monitoramento e execução da transposição.

Os outros dois ministros que acompanham a presidente, Paulo Sérgio Passos (Transportes) e Eva Chiavon (interina de Planejamento) ficaram mais afastados de Dilma e não foram cidatos pela presidente uma única vez.