Os empresários da construção civil, reunidos no tradicional almoço das segundas-feiras, no Sinduscon, na Ilha do Leite, analisaram, junto com o pessoal técnico da Fiepe, o indicador de Velocidade de Vendas dos imóveis da Região Metropolitana do Recife.
O que chamou mais a atenção dos empresários foi a redução entre os meses de outubro e novembro.
Com poucos lançamentos aprovados, vendeu-se menos.
O ruim, para o consumidor, é que a oferta menor eleva o preço final.
Depois de uma alta de 25,2% no IVV de outubro, o mês de novembro de 2011 apontou um índice de 13,4%, voltando ao patamar de 12,9% de setembro.
No mês de novembro, de acordo com o indicador, os empresários do setor venderam 430 imóveis, quando em outubro chegaram a ser vendidas 979 unidades.
No mesmo mês de novembro de 2010, foram 594 unidades vendidas.
Melhor mês do ano até aqui, maio havia registrado a venda de mais de mil imóveis.
O recorde é atribuído ao feirão da Caixa e o salão imobiliário.
O presidente do Sinduscon, Gustavo de Miranda, acredita que a queda está realcionada a menor oferta de imóveis. “Se a prefeitura nos ajudasse a aprovar mais rapidamente os lançamentos, tenho certeza de que as vendas seriam maiores.
Os números deixam patente que lançou, vendemos.
As pessoas estão comprando mais imóveis na planta.
Quanto mais imóveis forem lançados, mais serão vendidos.
Assim, precisamos destravar os problemas lá dentro (da prefeitura) e, com isto, girar mais rápido a roda da economia”, diz.
De acordo com o indicador, de fato, em outubro, quando ocorreu o segundo maior volume de vendas, foram 1028 unidades lançadas.
Já em novembro, só se teve 757 unidades lançadas, segundo a Fiepe.
Mesmo assim, o resultado do IVV em novembro é próximo ao IVV de todo o ano de 2010, de 13,9%.
Desde 2005, o IVV é crescente.
O auge ocorreu mesmo em 2010.
A média de unidades vendidas entre janeiro e novembro de 2011 somou 445.
Em 2010, a média foi de 730 unidades.
Daniele Monteiro, da Fiepe, que realiza a pesquisa, mostrou que, em outubro, existiam 3,564 unidades em oferta.
Já em novembro, houve uma queda para 3,354 unidades ofertadas, quando de setembro para outubro verificou-se um aumento da oferta de 600 unidades, em um único mês.
Os realizadores da pesquisa também demonstraram surpresa com a movimentação de vendas de imóveis no bairro da Boa Vista.
Das 430 unidades vendidas, a Boa Vista, com 25%, rivalizou com Boa Viagem, bairro que historicamente lidera o volume de vendas (no caso, também teve 25% das vendas no IVV de novembro).
Outra surpresa para os pesquisadores foi o IVV do Cabo, com 10,5% do total, associado ao crescimento dos negócios em Suape.