Foto: Eduardo Braga/SEI Depois de quase um ano de discussão com o governo federal para saber quem bancaria a reconstrução de 380 quilômetros da ferrovia que liga o Cabo de Santo Agostinho (PE) a Porto Real do Colégio (AL), a Transnordestina terá que arcar sozinha com a conta de R$ 60 milhões para pôr em operação a linha férrea que já foi destruída pela água duas vezes.
Enchentes acabaram com um trecho em 2000 e em 2010, cerca de um mês antes de ser inaugurada. 150 quilômetros danificados estão em Pernambuco, nos municípios de Palmares, Catende, Maraial, São Benedito do Sul, Ribeirão, Quipapá e Canhotinho.
O trecho que fica em território pernambucano demandará um investimento de até R$ 25 milhões.
Depois que o Ibama emitir as licenças ambientais, as obras devem levar seis meses para ficarem prontas. “Já temos autorização prévia do Ibama para começar nos pontos que não precisam de exploração de jazidas.
Em 15 dias começamos as obras por Quipapá e Maraial”, explicou o presidente da Transnordestina Logística, Tufi Daher Filho.
Daher defendeu a construção de cinco barragens pelos governos de Pernambuco e federal para evitar novos acidentes naturais.
A expectativa é que, quando pronta, os trilhos da ferrovia levem e tragam de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas de combustível, cimento, produtos siderúrgicos, açúcar e álcool por ano, nos três primeiros anos.
O anúncio da recuperação da ferrovia foi feito na tarde desta segunda-feira (30), no Palácio do Campo das Princesas.
Apesar de não entrar com recursos, a cerimônia contou com a presença do governador Eduardo Campos (PSB). “É uma decisão importante no processo de reconstrução das Zonas da Mata pernambucana e alagoana.
O governo está à disposição para apoiar com as ações necessárias”, afirmou o governador.