O número de Fusões & Aquisições mundiais caiu 14% no quarto trimestre de 2011, em comparação ao trimestre anterior, e 18% em relação ao mesmo período em 2010, segundo o M&A Tracker, divulgado pela Ernst & Young.
Globalmente, o valor das transaçõescaiu 25% em relação ao trimestre anterior e, agora, está no nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010.
O valor médio dos acordos no último trimestre ficou em US$ 277 milhões, o que representa uma queda de 13%, comparando-se ao terceiro trimestre.
Segundo Ricardo Reis, líder de fusões e aquisições da Ernst & Young Terco, “a queda no volume e no valor dos acordos foi globalmente desencadeada por uma contínua incerteza, provocada pela crise da zona do euro e de seus efeitos na economia global”.
Na medida em que incertezas sobre o crescimento continuaram a desencorajar o apetite pela tomada de riscos, o quarto trimestre de 2011 registrou uma queda acentuada também nas atividades transnacionais,as quais representaram 30% de todas as transações globais.
Os últimos três trimestres do ano registraram uma alta proporção de acordos em dinheiro, reflexo da depreciação dopreço das ações, o que fez do financiamento via ações uma opção pouco atrativa.
BRASIL - Seguindo a tendência mundial de queda no volume de atividade trimestral, o número de acordos mirando companhias brasileiras registrou uma queda de 15% no terceiro trimestre e de 16% no último trimestre do ano – ambos em comparação ao período anterior. “No País, a queda na quantidade de acordos no quarto trimestre de 2011 parece ter sido parcialmente regida por uma pausa para reavaliação estratégica dos investidores estrangeiros por empresas brasileiras”, afirma Reis.
Os acordos transnacionais e entre diferentes regiões globais registraram uma queda de 20 e 26 pontos percentuais, respectivamente.
Atualmente, o total de acordos entre países e regiões representou 28% e 22%, respectivamente, seguindo uma tendência de queda de longo prazo.
O valor total de transações anunciadas sofreu uma queda trimestral de 38% e está, agora, em seu nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010. “A queda em valor foi, em parte, potencializada pela queda na quantidade de acordos, mas também é resultado de um declínio trimestral significativo de 26% na média do valor das operações.” O valor médio dos acordos para transações envolvendo o Brasil como alvo está agora em US$ 293 milhões. “Acordos envolvendo o Brasil como alvo também estão levando um tempo maior para serem concluídos.
Houve uma queda na velocidade de conclusão, que, atualmente, está em seu mais baixo nível desde o primeiro trimestre de 2010”, acrescenta Reis.