O governo de Dilma Rousseff terá como bandeira a reforma do Estado.
Foi o que ela explicou em detalhes à sua equipe ministerial, reunida na última segunda-feira.
Não se trata, porém, de discutir o tamanho da máquina pública, como se fez no passado recente, quando ganharam força teses sobre o enxugamento estatal.
O que Dilma quer é foco na gestão. “Não tem essa história de Estado mínimo.
Isso é uma tese falida, usada pelos tupiniquins.
O Estado tem de ser eficiente”, costuma dizer a presidente.
A reforma que Dilma tem em mente é gerencial. É fazer com que a máquina administrativa funcione e devolva ao cidadão os serviços pelos quais ele paga. “Isso é revolucionário”, definiu. É com essa estratégia que a presidente quer construir uma “marca” de governo depois da “faxina” que derrubou sete ministros no ano passado, seis deles alvejados por denúncias de corrupção.
Dilma está convencida de que o surgimento da nova classe média vai demandar cada vez mais serviços públicos de qualidade.
No diagnóstico da presidente, esse grupo de pessoas saídas da pobreza não fará como a classe média tradicional, que praticamente prescindiu do Estado, recorrendo a escolas particulares, planos de saúde e previdência privada. “Não se iludam!
Essas pessoas não vão deixar de procurar escolas públicas nem o SUS e o INSS”, argumentou ela.
Na primeira reunião ministerial do ano, Dilma expôs o que espera da equipe para não tropeçar na gestão, como ocorreu no primeiro ano de governo, marcado por crises políticas e pela queda no volume de investimentos do setor público, em grande parte por causa de problemas gerenciais.
Obcecada por metas, ela cobrou desempenho dos auxiliares e avisou que, de agora em diante, todos serão avaliados pelos resultados apresentados a cada seis meses.
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