Do Jornal do Commercio Comer fora de casa é mais caro no Nordeste.

De acordo com o Índice Alelo de Preço Médio de Refeição, feito em parceria com o Instituto Datafolha, o preço médio pago por quem comeu fora de casa no Nordeste foi de R$ 29,35, quando a média nacional foi de R$ 27,46 no ano passado.

No Recife, o tíquete médio foi de R$ 26,73, quarto mais caro no ranking entre as capitais nordestinas, encabeçado por São Luis do Maranhão, com custo médio de R$ 36,21, o maior do País.

O Nordeste passou de terceiro do ranking das regiões para a região mais cara na refeição fora de casa.

Em segundo lugar, aparece o Sudeste, com média de R$ 27,84.

As regiões Norte e Centro-Oeste aparecem em terceiro, com custo de R$ 26,35 por refeição.

E o Sul é a região mais barata, com média de R$ 24,84.

O preço da refeição fora de casa no Nordeste teve um crescimento de 15,79% comparado ao resultado da pesquisa anterior, que foi de R$ 25,35 em 2010.

Já a elevação no custo nacional foi de 2,54%, passando de R$ 26,78 para R$ 27,46.

De acordo com Enzo Donna, diretor da ECD Food Service, empresa de pesquisa em alimentação fora de casa, dos R$ 91 bilhões gastos pelos brasileiros com alimentação fora de casa, R$ 15 bilhões correspondem aos gastos no Nordeste. “O maior gasto do Nordeste é na Bahia, com R$ 5 bilhões por ano.

Pernambuco aparece em segundo lugar, com uma despesa em torno de R$ 3 bilhões por ano”, avalia.

Depois de São Luís, São Vicente (litoral sul de São Paulo) aparece como a segunda cidade mais cara do País, com custo médio de R$ 34,91.

O Rio de Janeiro é a terceira do ranking (R$ 32,78).

Já na tabela das capitais no Nordeste, Salvador é o segundo lugar mais caro (R$ 29,96), seguido de Natal (R$ 29,87) e Recife (R$ 26,73).

Fortaleza aparece em quinto (R$ 26,27).

Dentro da média nacional, de R$ 27,46, o item que mais pesou na refeição completa foi o prato, com valor médio de R$ 16,35.

Em seguida, veio a sobremesa (R$ 5,38), a bebida (R$ 3,15) e o café (R$ 2,58).

Ronaldo Varela, diretor-executivo da Alelo, aponta que o valor do prato no custo da refeição completa corresponde a cerca de 60% do valor total, mas esse não foi o item que teve o maior aumento no preço. “O aumento mais expressivo dos componentes da refeição foi no valor do café, que teve alta de 10,26%, seguido da bebida, com 6,42%.

A sobremesa teve aumento de 0,56%.

Já o prato, que representa aproximadamente 60% do valor total da refeição, teve acréscimo de 1,36% em seu valor.” A pesquisa, que está na terceira edição, fez o levantamento em 4.312 estabelecimentos no País entre setembro e outubro do ano passado.

A pesquisa avaliou o custo individual do prato principal, sobremesa, bebida e café expresso para chegar ao valor total da refeição.