Da Agência Brasil O Brasil fez 528 pedidos a outros países para a extradição de estrangeiros foragidos da justiça brasileira.
Foi esse tipo de negociação que possibilitou o retorno hoje (27) ao país do alemão Dieter Erhard Fritzchen Stieleke, 57 anos, condenado por tráfico de pessoas.
Ele é o primeiro estrangeiro extraditado ao Brasil por causa desse tipo de crime.
A Justiça Federal na Bahia condenou o alemão, em 2010, a cinco anos e seis meses de prisão por tráfico internacional de pessoas.
Quatro anos antes, ele foi preso em flagrante no aeroporto de Salvador tentando embarcar para a Alemanha com três brasileiras, que seriam vítimas de exploração sexual na Europa.
O pedido de extradição foi feito ao México, onde estava o alemão.
A volta de Stieleke é considerada uma vitória importante pelo governo brasileiro e faz parte da estratégia de combate ao turismo sexual no país. “A grande monta desse crime é gente vendendo gente. É um crime de repercussão”, disse Izaura Miranda, diretora do Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça.
O Brasil, segundo a diretora, começou a fazer extradição ativa em 1998.
Antes, o país apenas atendia aos pedidos de outros países para extraditar estrangeiros que estavam foragidos no território brasileiro, denominada a extradição passiva.
Atualmente, existem 401 pedidos desse tipo em tramitação, segundo o ministério.
O caso do alemão é chamado de extradição ativa.