Na véspera da devolução do material tido como lixo hospitalar importado pelo pólo da Sulanca, no Agreste, o advogado Gilberto Lima, da empresa Na Intimidade, empresa acusada de importação ilegal, feita pelo Porto de Suape, revelou ao Blog de Jamildo que vai processar empresa americana Teximport, responsável pela remessa. “Quem dela for sócio vai arcar com todas as consequências, os danos morais, na mesma proporção em que a Na Intimidade foi atingida.
O chicote vai mudar de mãos”, prometeu.
A polêmica teve início em outubro de 2011, quando um container vindo dos Estados Unidos foi apreendido pela Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Suape, na tarde desta terça.
A carga estava identificada na documentação de importação como sendo tecidos com defeito e seria enviada à Santa Cruz do Capibaribe, conhecido pólo têxtil da região.
Ao ser inspecionado pelos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil, foi constatado que na realidade o container continha lixo hospitalar: lençóis sujos, seringas e luvas usadas, entre outros objetos.
A partir de então, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi chamada para fazer a análise e conferência do material.
Depois de drogas, Receita Federal apreende container com lixo hospitalar no Porto de Suape Mais um contêiner com lixo hospitalar apreendido em Suape Veja o banho de cobertura que o Blog de Jamildo deu no caso No final de dezembro, dando continuidade às investigações relativas à entrada do lixo hospitalar na capital pernambucana Policiais Federais de Recife e de Fortaleza, cumpriram quatro Mandados de Busca e Apreensão expedidos pela Justiça Federal da 4ª Vara/PE em três bairros de Fortaleza/CE, Meireles, Álvaro Wayne e Henrique Jorge.
A ação contou com a participação de 30 (trinta) policiais federais dos dois Estados e é resultado do desdobramento das investigações iniciadas com a apreensão dos contâineres no Porto de Suape, que culminou com a identificação e localização das pessoas físicas e jurídicas responsáveis pela remessa (exportação) dos tecidos a partir dos EUA para o Brasil.
Foi alvo das buscas a residência do sócio administrador da empresa TEX PORT INC, estabelecida nos EUA (responsável pela exportação dos tecidos hospitalares), além de outras empresas de sua família que estariam envolvidas na comercialização desses materiais.
Durante as buscas foram apreendidos aproximadamente R$320.000,00 (trezentos e vinte mil reais) em espécie, além de computadores e documentos comerciais de importação e exportação de tecidos.
Foram apreendidos ainda lençóis similares aos encontrados no interior dos contâineres e nas empresas investigadas neste Estado.
Devolução Um dia antes da operação no Ceará, a Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Suape/PE autorizou, em 19 de dezembro, a devolução dos containeres com carga de material hospitalar e potencialmente infectante ao país de origem.
O importador foi notificado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a promover a devolução da carga e assim, em nome do interesse público, evitamos os riscos inerentes à permanência deste tipo de carga em nosso país.
Para autorizar a devolução da carga aos Estados Unidos, a Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Suape obteve a concordância do Departamento da Polícia Federal em Pernambuco, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal em Pernambuco, além do apoio do Department of Homeland Security e do Customs & Border Protection, dos Estados Unidos.
A carga está prevista para embarcar neste sábado, às seis horas da manhã.
Políticos como o delegado Protógenes Queiroz acompanharão o evento.
Em ano de eleição, seria mais um palanque político a ser escalado?